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Evanescence: <i>Fallen</i>

Evanescence: <i>Fallen</i>

LM
05.08.2003, às 00H00.
Atualizada em 07.11.2016, ÀS 23H04
Fallen - Evanescence
2 ovos

Já ouviu falar do Linkin Park de saias? Se ainda não, fique tranqüilo porque logo, logo, você vai ouvir, a não ser que tenha uma viagem só de ida marcada para Marte.

Quem são eles? A banda responde pelo nome de Evanescence e é responsável pela humilde quantidade de dois milhões de cópias vendidas de seu último trabalho, intitulado Fallen.

O nome pomposo e esfuziante surgiu praticamente do nada e se mantém nas paradas da Europa e Estados Unidos dando um chega pra lá em grande parte dos artistas que costumam ocupar os primeiros lugares por aquelas bandas.

Mãos à obra em busca do segredo do sucesso contido em Fallen...

Evanescence reúne num só álbum praticamente todos os pré-requisitos para uma banda ter sucesso na atualidade: letras paranóicas, rap e muito, mas muito apelo comercial. O último pode ser subentendido por uma vocalista afinadíssima com visível influência de canto lírico (Amy Lee), um guitarrista caladão, cool e verdadeiro dono da banda (Ben Moody) e uma sutil “deletada” no passado. Não sei o que eles andaram fazendo antes de Fallen, mas no Brasil o álbum veio presenteado com um selo enfatizando que este é o primeiro álbum do Evanescence. Isto não corresponde à verdade (eles já têm um trabalho lançado em 2000), mas serve muito bem ao objetivo da indústria fonográfica: concentrar forças no único álbum lançado por aqui e sucesso absoluto no mundo inteiro.

Mas... como definir o som que sai das minhas caixas? Um cruzamento de Korn com Nightwish? Angra com vocal feminino? Eurythmics do novo milênio? Fred Durst participando de O Fantasma da Ópera? Gothic metal? Metal Industrial?

Após algumas discussões com conhecedores dos gêneros citados, o que melhor definiria Evanescence seria mesmo o new metal. Entretanto, vale ressaltar que existem coros demais, ambientação onírica, uma temática que por inúmeras vezes flerta com a morte (e não é gótico?) e uma aparente tendência a se levar a sério em excesso.

Se, por um lado, o new metal soa uma paranóia feita por - e para - a molecada, o Evanescence se aprofunda um pouco demais da conta. Sai perdendo a espontaneidade de um Linkin Park e toma corpo um refinamento que não combina com as mazelas que atormentam o público adolescente.

Não há dúvidas de que será um grande sucesso também no Brasil, já que o produto está muito bem embalado, mas a qualidade musical do álbum como um todo não é lá grandes coisas. Cansativo, repetitivo e excessivo, Fallen é o típico álbum que você escuta uma vez por mês e já está com a sua cota de paranóia preenchida.

Independente de tudo isso, pode escrever: daqui dois meses, o Evanescence já será assobiável.

Obs.: agradecimentos a Rodrigo Piolho pela aula ministrada. Sem sua disposição e cultura, esta resenha não seria possível.