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Música
Crítica

Weezer - Weezer (The White Album) | Crítica

Em seu "álbum branco", Rivers Cuomo e cia. retornam às origens sem fazer material requentado

FC
08.04.2016, às 10H53.
Atualizada em 09.11.2016, ÀS 11H08

Depois de apanhar muito da crítica - e de muitos fãs - após uma sequência de discos polêmica, o Weezer retomou suas origens e voltou no tempo para lançar, em 2014, o “disco da redenção” Everything Will Be Alright In The End. Chamaram o produtor de longa data Ric Ocasek e fizeram o disco que - aparentemente - todos estavam esperando. E acertaram em cheio.

Agora, com seu novo disco, chamado de Weezer (e apelidado por muitos como o White Album), a banda retoma novamente as suas origens e faz um trabalho digno de seus melhores anos. Muito do que se ouve aqui lembra momentos gloriosos de Pinkerton ou mesmo do primeiro disco.

O que não significa - e ainda bem! - que o Weezer está requentando uma fórmula. Parece justamente o oposto: as músicas novas soam como se finalmente a banda tivesse se reencontrado. E após muitos anos de um Rivers Cuomo agressivo com seus fãs e críticos mundo afora, uma renovada paz parece ter sido estabelecida, e o “álbum branco” é o resultado de uma retomada do espírito clássico da banda.

O bom e velho Weezer transborda sarcasmo em "Do You Wanna Get High" e "Wind In Our Sail", duas das mais interessantes faixas, cheias de vocais dobrados, ataques ásperos de guitarra, e grandes melodias.

Aliás, uma das melhores melodias de Cuomo em toda a história do Weezer aparece na fantástica "Endless Summer", uma balada acústica que parecia estar guardada e amadurecendo durante anos para finalmente nascer quando a banda recuperasse sua forma novamente.

Cuomo parece não estar muito preocupado e isso transparece no novo trabalho. São os mesmos caras de 22 anos atrás tocando como se estivessem ainda naquele tempo. Por isso o resultado é tão parecido como o começo. Mas não é um recomeço, é apenas uma continuação a partir de um desvio que talvez nunca tivesse acontecido se algumas coisas não fossem levadas tão a sério.

O disco é solto, é leve, é cheio de energia. E isso já fica claro na faixa de abertura “California Kids”, onde sons de ondas do mar dão as boas vindas a um trabalho que finalmente não tem cara de trabalho, e sim de diversão.

Pra eles e pra gente.

Nota do Crítico

Ótimo
Felipe Cotta