Música

Crítica

Regina Spektor no Rio de Janeiro | Crítica

Cantora encerra passagem pelo Brasil com show morno

12.04.2013, às 15H59.
Atualizada em 10.11.2016, ÀS 22H00

A impressão que Regina Spektor deixou no Brasil não foi das melhores. Após se apresentar em São Paulo e encerrar o show depois de alegar problemas técnicos, a cantora fez sua primeira apresentação no Rio de Janeiro, no Citibank Hall. O repertório reduzido e pouco público não contribuíram para uma passagem melhor do que a feita na capital paulista.

Regina Spektor

Crédito: UOL

Regina Spektor

Crédito: Último Segundo

Com cenário minimalista, que contava apenas com canhões de luzes e LEDs, Regina tentou trazer o público para dentro de seu universo. Com domínio total da voz, ela parecia à vontade e chegou a cantar em russo. Pouco depois, se declarou realizada por finalmente estar no Rio, a cidade que sonhava conhecer desde criança.

A escolha do repertório, no entanto, não empolgou. Os momentos altos do show aconteceram durante as mais conhecidas: "Blue Lips", "Ode to Divorce" e "Better". Em todo o resto da apresentação, o que foi visto era um público apático, quase que amortecido, quieto, aguardando pelo momento em que surgiria no palco a Regina que todos esperavam ver. Foi como assistir uma ópera, triste e solitária.

Apesar da técnica inegavelmente apurada, a demora pelos sucessos colaborou para o ritmo lento do show. A pista da casa recebeu cadeiras para compensar a baixa lotação, e isso pode ter sido um dos fatores que prejudicou a conexão entre público e artista, vez que os fãs eram repreendidos pelos seguranças sempre que se levantavam para dançar.

Somente durante o bis, todos puderam ficar de pé, e foi onde tudo pareceu dar certo. Regina tocou quatro hits seguidos: "Us","Fidelity", "Hotel Song" e "Samson". Foi um breve momento em que a sintonia realmente se estabeleceu. Talvez na próxima vinda, um bis do bis possa melhorar toda a performance de Spektor.

Nota do Crítico
Bom