Música

Crítica

Imagine Dragons e Portugal The Man no Lollapalooza Brasil 2014 | Crítica

A sensação do momento contra um experiente grupo de rock

06.04.2014, às 12H04.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H41

A sensação do Lollapalooza Brasil 2014 foi o Imagine Dragons. Com apenas um disco na carreira, os americanos carregaram mais da metade do público presente no Autódromo. Os problemas no som, porém, atrapalharam a apresentação, que desfilou os hits do pop rock enlatado da banda.

Cerca de meia hora antes do início do show, o palco Onix estava tomado. Do alto dos morros de Interlagos, o local parecia um formigueiro. O início da apresentação mostrou a empolgação com a qual o público acompanharia o show. De início também ficou claro o péssimo som do local - as pessoas que estavam no topo ou mesmo na metade da arena não conseguiam escutar a voz de Dan Reynolds.

O Imagine Dragons tem apenas um disco, Night Vision, e conseguiu a façanha de emplacar quase todas as músicas nas paradas europeias e americanas. A mistura genérica de Coldplay e The Killers que esse álbum traz ficou refletida no show do Lollapalooza, onde a banda era carregada pelos próprios fãs. Os acordes e todos os refrões eram semelhantes, perfeitos 'hits' de rádio, quase 'jingles' publicitários. "Demons", "On Top Of The World" e "Radioactive" foram as mais cantadas.

Assim que saiu do palco, Reynolds disse nas redes sociais que "agora é a hora de preparar o novo disco". A partir daí, talvez, o Dragons comece a achar a própria identidade. Hoje, a banda faz um som pouco original, e que mesmo com uma legião de fãs cantando as músicas empolgada, não impressionou.

Do outro lado, o Portugal The Man

Neste mesmo horário, do outro lado da gigantesca arena do Lolla, voz estridente de John Gourley anunciou que o grupo americano de rock psicodélico Portugal The Man. Com cerca de 15 anos na estrada e sete discos lançados, a banda teve uma disputa injusta com os novatos do Imagine Dragons.

O show não estava vazio, mas era descarada a percepção de que os que assistiram o Portugal era um público muito específico, seguidores da banda. Outros estavam ali para já tomar seus lugares para o show que viria após: Lorde.

Com o setlist recheado de hits como "Evil Friends" e "So American" e músicas do novo álbum , os americanos tiveram algumas entraves com o som. Apesar disso era notável que seus fãs estavam empolgados com a primeira visita do grupo ao Brasil.

O show estava um pouco morno quando recebeu uma ajuda de Spencer Ludwig, trompetista do Capital Cities. Ele subiu no palco para encerrar a apresentação, repetindo a música "Purple Yellow Red & Blue", que contou com problemas técnicos no início. Ludwig também participou de um cover cantado em uníssono pelos presentes: "Another Brick in the Wall Part II", do Pink Floyd.

Nota do Crítico
Bom