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Caso P-Diddy | Rapper é condenado a quatro anos na cadeia

Rapper teve condenação nesta sexta-feira (03)

4 min de leitura
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03.10.2025, às 18H13.

Créditos da imagem: Reprodução

O rapper Sean "Diddy" Combs foi contado a quatro anos de cadeia nesta sexta-feira (03) por tráfico sexual e extorsão. O juiz do caso, Arun Subramanian argumentou com Combs sobre o histórico do produtor musical, que alegou em corte ser um "prisioneiro modelo" e um cidadão exemplar. 

"O tribunal precisa considerar todo o seu histórico aqui", disse o juiz a Combs após um dia em que a defesa tentou pintar uma imagem bastante otimista de seu cliente, em busca de clemência. Um histórico que o Juiz Subramanian afirmou "mostra que você abusou do poder e do controle sobre a vida de mulheres que você declarou amar".

O juiz acrescentou: "A corte não pode garantir se liberado, esses crimes não vão ser cometidos outra vez". O tribunal optou por encontrar um meio-termo entre pena curta pedida pela defesa, e o pedido de mais de uma década de prisão que o governo federal solicitou.

A pena de 50 meses está conforme as recomendações do escritório de condicional para Combs, de 70 a 87 meses, além de multas pelas duas acusações menores de transporte para se prostituir, das quais foi considerado culpado em julho. A pena de prisão imposta também se enquadra, em termos relativos, na sentença que o juiz indicou na sexta-feira que ele proferiria.

Tudo isso significa que, a menos que Donald Trump conceda perdão a Diddy, o cantor de 55 anos não será um homem livre até por volta de 2029. Pouco antes da sentença, Combs falou por 10 minutos ao júri. O artista começou com um longo pedido de desculpas por toda a dor causada às ex-namoradas Cassie Ventura e "Jane", ambas testemunhas em seu julgamento. 

Combs disse que se sentia "repugnante, envergonhado e enojado" consigo mesmo por seus anos de abuso, manipulação e outros casos problemáticos. Ele ainda disse ao juiz: "Eu não sou essa pessoa exagerada. Sou apenas um ser humano." 

"Hoje é sobre responsabilização e justiça", disse a procurador-assistente dos EUA, Christy Slavik, sem rodeios ao tribunal na sexta-feira, com a presença de Combs, sua família imediata e uma legião de advogados. "Este não é apenas um caso sobre 'surtos' e noites em hotéis", acrescentou o promotor, citando as sessões de sexo maratona filmadas e movidas a drogas nas quais Diddy supostamente forçou suas então namoradas, Ventura e "Jane", ao longo dos anos, com acompanhantes masculinos pagos. Tanto Ventura quanto "Jane", grávidas, testemunharam em lágrimas no julgamento de Combs, juntamente com policiais, ex-funcionários de Diddy intimados e o astro Kid Cudi.
 
Os federais defenderam, em suas próprias recomendações de sentença, no início desta semana, que Combs receberia pouco mais de 11 anos. Durante seu tempo no púlpito, a promotora Slavik definiu este como o cerne da questão: um "caso com vítimas reais que sofreram danos reais nas mãos do réu". Ela acrescentou: "É sobre um homem que fez coisas horríveis com outras pessoas para satisfazer sua própria satisfação sexual".
 
"Ele não precisava do dinheiro", continuou Slavik, com uma crítica à riqueza outrora tão ostentada de Combs. "Sua moeda de troca era o controle. E ele usou essa moeda como arma para efeitos devastadores sobre as vítimas."

Tudo sobre o caso P-Diddy

Combs, outrora um titã das indústrias da música e da moda, foi acusado de coagir várias mulheres a terem "surras" — maratonas sexuais de vários dias, regadas a drogas e com acompanhantes masculinos. Durante um intenso depoimento de quatro dias, sua ex-namorada de 11 anos, Casandra Ventura, alegou que ele a agredia e abusava psicologicamente de forma rotineira. Fotos dos ferimentos dela e vídeos das "surras" de todo o relacionamento foram mostrados ao júri. Uma prova fundamental no julgamento foi um vídeo de vigilância de 2016 que mostrou Combs espancando Ventura violentamente em um hotel de Los Angeles, onde eles estavam tendo uma "surra".

Relembre as acusações

Em setembro de 2024, Diddy foi indiciado e preso em Nova York sob a acusação de tráfico sexual e extorsão. Atualmente o rapper se encontra detido em uma prisão federal conhecida por ser violenta. 

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