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Marvel hoje | Treze super-heróis que mudaram de sexo ou etnia

Histórias ficam mais diversas e seus personagens, mais franqueáveis

06.07.2016, às 16H48.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H42

A troca de protagonista na HQ do Homem de Ferro - com a saída de Tony Stark e a chegada da novata Riri Williams - é mais um exemplo da tendência recente da Marvel de franquear seus principais super-heróis e abraçar uma diversidade de gênero e etnias em suas histórias.

Homem de Ferro

Riri Williams foi apresentada aos leitores em março de 2016, em Invincible Iron Man #7, e é uma estudante do MIT, a mais prestigiada faculdade de tecnologia dos EUA. Superinteligente, a jovem de 15 anos constrói sua própria versão do Homem de Ferro, só com material que ela furta pelo campus. Ela se tornará o Homem de Ferro no lugar de Tony Stark após Guerra Civil 2.

Nova

Desde novembro de 2011, o Nova, principal integrante da força policial intergaláctica Tropa Nova, é Sam Alexander. Embora não seja tipificado nas histórias como uma minoria, o personagem é um adolescente de 15 anos, filho de mãe latina com um pai americano. Ele vem do Arizona, Estado fronteiriço dos EUA com o México onde esse tipo de parentesco é regra e não uma exceção.

Thor

Quando a saga Pecado Original revelou segredos de super-heróis e Thor Odinson foi julgado indigno de empunhar o martelo Mjolnir, Jane Foster assumiu a identidade do herói. Doente com câncer, Jane tem sua condição piorada ao assumir o martelo e se transformar em Thor, mas quando está transformada ela tem desempenho até melhor que a de Odinson como Deusa do Trovão. A mudança ocorreu em novembro de 2014 e deve seguir até 2017, na próxima fase da editora.

Capitã Marvel

Em 2012, Carol Danvers, a ex-Ms. Marvel, assumiu a identidade de Capitã Marvel. Embora esse nome já tenha sido adotado por outra mulher (notoriamente, Monica Rambeau nos anos 1980), Carol tem se firmado na Marvel como a Capitã e hoje estrela Guerra Civil 2. O codinome foi originalmente criado para o alienígena kree Mar-vell, criado nos anos 1960, morto pela primeira vez em 1982 e figura importante de sagas espaciais da Marvel.

Motoqueiro Fantasma

Em março de 2014, a Marvel recriou a série do Motoqueiro Fantasma com outro protagonista, sem matar ou aposentar o titular Johnny Blaze. É Roberto "Robbie" Reyes, estudante angelino de ascendência mexicana que tenta viver entre as gangues latinas da zona Leste de Los Angeles, em meio a corridas de carros e disputas de território do narcotráfico. Reyes está nas histórias até hoje e pode aparecer na TV em Agents of SHIELD.

Capitão América

Sam Wilson já havia assumido o escudo do seu melhor amigo Capitão América no passado, ocasionalmente, mas foi por causa do envelhecimento de Steve Rogers em 2014, quando passa o efeito do soro do supersoldado, que Wilson se tornou de fato o Capitão América titular. Com o rejuvenescimento de Rogers, Wilson não voltou a ser o Falcão. Hoje a Marvel tem duas séries mensais protagonizadas pelos Capitães.

Homem-Aranha

Criado dentro do Universo Ultimate, linha de títulos que tinham histórias mais jovens e diversas nos anos 2000, o portorriquenho Miles Morales despontou desde que começou a estrelar sua própria série em 2011. De todos os tipos criados dentro dessa linha, foi o que mais se popularizou, e hoje, com o fim da linha Ultimate, Miles foi incorporado como Homem-Aranha ao Universo regular, onde tem em Peter Parker um exemplo e um mentor. Listamos tudo o que você precisa saber sobre Miles Morales.

Hulk

Ao final da saga Guerras Secretas, de 2015, a Marvel deu um salto de oito meses na cronologia e descobrimos que Amadeus Cho - geniozinho jovem de origem coreana, criado em 2005 - se tornou Hulk no lugar de Bruce Banner. Depois as histórias explicaram o que houve: para salvar Banner de uma sobrecarga radioativa, Cho removeu as células com radiação gama de Banner, "extirpando" o Hulk do cientista. Cho então implantou em si mesmo essas células, tornando-se assim o monstro.

Wolverine

Com a morte de Logan em 2014, na minissérie Death of Wolverine, o posto ficou vago, e quem assumiu a identidade do herói foi sua clone assassina X-23, Laura Kinney, originalmente criada no desenho X-Men: Evolution, que durou de 2000 a 2003, antes de migrar para os quadrinhos em 2004. Hoje o Universo Marvel tem dois Wolverines: Laura e o Velho Logan, a versão idosa e desesperançada do futuro Wolverine, incorporado em 2016 ao Universo regular da editora.

Na galeria abaixo, relembramos os outros principais casos de personagens que hoje frequentam os quadrinhos de super-herói da editora com novas caras:

Capitãs América

No final do ano, duas Capitãs Américas estarão em evidência na reformulação de séries: a Ms. America e a Capitã América do futuro. A primeira é America Chavez, americana lésbica de origem latina criada pela mãe em realidade paralela e hoje integrante da A-Force e dos Ultimates. A segunda é Danielle Cage, a filha de Luke Cage com Jessica Jones, que integrará no presente a nova equipe U.S.Avengers.

Deadpool

O que começou como uma zoeira no ano passado, durante as Guerras Secretas, repercutiu bem entre os leitores e virou série própria: Gwenpool, um cruzamento entre Deadpool e Gwen Stacy (embora a personagem não tenha parentesco com a finada namorada de Peter Parker nem a HQ faça referência a ela). É mais uma versão feminina de um personagem popular da casa.

Ms. Marvel

Principal caso de sucesso de crítica dessa nova diversificação dentro da Marvel, a americana muçulmana de origem paquistanesa Kamala Khan descobriu ter poderes quando a bomba de terrígeno despertou seus genes inumanos. Fã de Carol Danvers, a adolescente decide assumir então a identidade que ficou vaga quando a super-heroína se tornou Capitã Marvel. Hoje a jovem Ms. Marvel integra grupos importantes de Vingadores e está prestes a fundar seu próprio, os Champions, com Nova, Miles Morales, Hulk e outros novatos.

Blade

Prometida para o ano passado, a nova HQ de Blade ainda não estreou, mas também promove uma novidade de gênero: o caçador de vampiros virá acompanhado de sua filha de 16 anos, que ele reencontra depois de anos, e que o roteirista Tim Seeley descreveu na época do anúncio oficial como uma "anti-Peter Parker", uma garota popular e confiante que passa a combater as trevas ao lado do pai.