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Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Entenda o final do filme

Longa de Sam Raimi tem duas cenas pós-créditos

06.05.2022, às 13H47.
Atualizada em 06.05.2022, ÀS 14H28

[Spoilers de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura]

Com um gigantesco oceano de referências e easter eggs, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura chegou aos cinemas nesta quinta-feira (5), com o (ex-)Mago Supremo vivido por Benedict Cumberbatch iniciando uma jornada pelas infinitas realidades do MCU. Aliado a América Chavez (Xochitl Gomez), o Mestre das Artes Místicas encara variantes de si mesmo, novas versões de velhos oponentes e até alguns dos heróis mais amados pelos fãs da Marvel. E no final de toda essa bagunça, Strange ainda abre um novo capítulo de sua vida, que inclui uma nova aliada e um aumento significativo de seus poderes. Para quem saiu da sessão se perguntando “o que rolou nesse final?”, explicamos abaixo as três cenas que encerram o longa.

A primeira, que serve como o final tradicional de Multiverso da Loucura, mostra Strange, depois de aceitar finalmente que Wong (Benedict Wong) é de fato o novo Mago Supremo, andando pelas ruas de Nova York, aparentemente satisfeito com sua nova função de protetor do Sanctum Sanctorum da cidade. Em meio à sua caminhada, no entanto, o herói cai de joelhos, agonizando de dor. É aí que um terceiro olho, idêntico àquele que uma de suas variantes possuía, se abre na testa do Mago. Nos quadrinhos, esse olho extra aparece até com certa frequência, especialmente quando o Olho de Agamotto, relíquia mística que Strange leva no pescoço, está em uso. O olho traz alguns poderes extras ao seu usuário, incluindo o poder de ver através de ilusões e mentiras e “rebobinar” acontecimentos recentes.

Vale lembrar que, no MCU, o Olho de Agamotto tem propriedades diferentes das dos quadrinhos, sendo primariamente um receptáculo para a Joia do Tempo, embora possua outras habilidades. O colar até auxilia Strange em algumas magias mais complicadas, mas o surgimento de um terceiro olho “natural” no feiticeiro dá a entender que suas habilidades atingiram um novo patamar ao final do filme.

Depois dos primeiros créditos rolarem, voltamos a acompanhar Strange, já recuperado do surgimento de seu novo olho, e andando, mais uma vez, tranquilamente pelas calçadas novaiorquinas. É aí que ele é interceptado por uma misteriosa mulher, vivida por Charlize Theron, que o avisa que ele causou uma Incursão (choque de duas realidades que ameaça a existência do multiverso) e que deverá acompanhá-la para salvar a realidade. Sorrindo - e com seu terceiro olho aberto -, Strange acompanha essa mulher misteriosa por um portal.

A nova personagem é ninguém mais, ninguém menos que Clea, sobrinha de Dormammu e um dos principais interesses amorosos de Strange nos quadrinhos, tendo até se casado com o Mestre das Artes Místicas. Atualmente, ela também ocupa o posto de Maga Suprema nas HQs, assumindo o papel após a morte de Stephen. Por ela ser nativa da Dimensão Sombria, sua entrada no MCU indica um possível retorno de Dormammu, com o terceiro longa da franquia se passando, talvez na realidade maligna em que o demônio está aprisionado.

Já a segunda cena pós-créditos nada mais é do que uma grande zueira de Sam Raimi e Bruce Campbell, que retornam aos seus tempos de Uma Noite Alucinante. Como já foi dito na nossa lista de easter eggs, a dupla recria a icônica cena do segundo filme da franquia de terror em que Ash Williams, vivido por Campbell, tem sua mão possuída por um demônio e precisa cortá-la para poder se livrar da criatura. Em Multiverso da Loucura, quem domina a mão do ator, que vive um vendedor de pizza, é Strange, que o enfeitiça para se bater por tempo indeterminado (pode ser algumas horas ou “três semanas”). Quando o feitiço finalmente perde o efeito, o vendedor, já cheio de hematomas, olha para a câmera e grita “Acabou!”, celebrando o fim de sua tortura e, é claro, do filme.

Tá, mas e a Wanda?

Uma das principais personagens de Multiverso da Loucura é, obviamente, Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate, vivida mais uma vez por Elizabeth Olsen. Depois que América consegue tirar a vilã do frenesi sanguinário causado pelos poderes do Darkhold, livro de magia sombria apresentado em WandaVision, ela destrói o templo do demônio Chthon, sendo ela mesma soterrada pelos escombros, em um final que dá a entender que ela morreu.

Acontece que sua morte é improvável por dois motivos. Primeiro porque, entre Vingadores: Ultimato e WandaVision, Wanda se tornou uma das personagens mais queridas pelos fãs do MCU e descartá-la logo em um dos primeiros filmes da Fase 4 seria um desperdício tanto da Feiticeira Escarlate, quanto de Olsen, cuja atuação como a heroína tem sido muito elogiada por público e crítica.

O segundo motivo vem acompanhado de uma das principais máximas da cultura pop: se não tem corpo, não tem morto. Em qualquer outro filme do Marvel Studios, a ausência de um cadáver não quer dizer muita coisa, já que é uma franquia vendida principalmente para crianças e adolescentes. Mas, considerando que Multiverso da Loucura mostrou desmembramentos, empalações e cabeças explodindo, não ter uma confirmação visual da morte de Wanda é, no mínimo, suspeito.