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Artigo

Divertido e polido, A Rainha dos Golpes ainda precisa mostrar a que veio

Primeiros episódios do k-drama do Prime Video distraem, mas não convencem

3 min de leitura
08.09.2025, às 13H59.
Atualizada em 29.09.2025, ÀS 09H29

Créditos da imagem: Park Min-young em A Rainha dos Golpes (Reprodução)

Em certo ponto do episódio de estreia de A Rainha dos Golpes, a protagonista Yi-rang conta que, sempre que comparece a uma vidente ou qualquer leitura de sorte, o resultado é o mesmo: “Só beleza e popularidade aparecem para mim”. Saindo da boca de Park Min-young, que interpreta a trapaceira no novo k-drama do Prime Video, é fácil acreditar nessa frase.

De 2010 (quando estourou graças ao sucesso de Escândalo em Sungkyunkwan) para cá, a atriz praticamente enfileirou hit atrás de hit na TV sul-coreana, culminando no absurdamente popular A Esposa do Meu Marido. Exibido no ano passado, o excelente k-drama de viagem no tempo já foi fenômeno quando estava no ar, mas continuou morando no top 10 do Prime Video ao redor do mundo (certamente, no Brasil) por meses após a exibição do seu último episódio.

Não à toa, o streaming resolveu investir no próximo projeto de Park. De quebra, A Rainha dos Golpes dá à atriz um papel que reflete a trajetória encantada da sua carreira até aqui: Yi-rang é linda, desejada por todos os homens com quem cruza, riquíssima, dona de inteligência letal, e absolutamente despreocupada com qualquer coisa que não seja o destino de suas próximas férias. Com um sorriso fácil e deslumbrante, e a dose certa de excentricidade, Park tira o papel de letra.

Yi-rang também é, no entanto, a líder de um grupo de golpistas que faz fortuna enganando os elementos mais duvidosos da sociedade. O mestre dos disfarces James (Park Hee-soon) e o compasso moral Gu-ho (Joo Jung-hyuk) completam o time. E, livremente inspirada na série japonesa Embusteiros (2018, disponível no Brasil pela Netflix), A Rainha dos Golpes transforma cada uma das enganações deles em uma superprodução. 

Cenários elaborados e grandes elencos de figurantes são contratados pelo trio principal a fim de construir um engodo mais eficiente, e o diretor Nam Ki-hoon (Voice) se diverte bastante no jogo de verdades e mentiras que se desenrola durante essas sequências suntuosas. Os valores de produção estão aqui, e o espírito de brincadeira também - A Rainha dos Golpes entende bem o apelo de uma piscadela para o público.

O resultado, nesses primeiros episódios, é uma série inegavelmente charmosa. Bem ajustada nos pilares de seu gênero, irrepreensivelmente contemporânea e sofisticada na construção visual (há uma polidez aqui que passa perto do incômodo), e abençoada com uma estrela infinitamente assistível no auge de seus poderes, A Rainha dos Golpes tem tudo para te conquistar.

Agora, se é sábio ou não dar a ela sua confiança… essa é outra história. Os capítulos iniciais do k-drama são bastante reservados quanto ao que essa narrativa pode ter a dizer, seja nas relações entre os personagens ou na elaboração moral da missão que eles empreendem juntos. De qualquer forma, há piores formas de passar o tempo do que tentando descobrir.

 

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