A venda da Electronic Arts para o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita superou mais uma etapa: a negociação de US$ 55 bilhões foi aceita pelos acionistas da EA, e agora só precisa passar pela aprovação dos órgãos regulatórios dos Estados Unidos para ser finalizada.
Divulgação/EA
O próximo passo, entretanto, não deve ser tão simples: senadores dos EUA já se movimentam para conscientizar sobre os perigos da transação. Em carta enviada ao Secretário de Tesouro Scott Bessent, os senadores Richard Blumenthal e Elizabeth Warren pediram que a aquisição fosse minuciosamente analisada:
"A privatização da EA pelo Fundo de Investimento Público ameaça acabar com a transparência das atividades da empresa. Como uma empresa privada, a EA não precisaria mais reportar periodicamente sobre suas atividades, status financeiros e planos futuros para a Comissão de Segurança e Comércio. O Fundo de Investimento estaria bem posicionado para ditar ou vetar quais histórias são contadas para americanos por meio do veículo popular que são os video games, controlando narrativas sobre a história e cultura dos Estados Unidos", lê o documento.
Caso concretizada, a negociação deixaria 93,4% da EA nas mãos do Fundo de Investimento Público, enquanto 5,5% ficaria com a Silver Lake Partners.
Uma negociação dessa magnitude ainda deve levar alguns meses para ser revisada pelas entidades responsáveis, e resta aguardar pela decisão do governo norte-americano.