Segundo o Hollywood Reporter, Boll e os produtores do filme, baseado no game de sucesso da Majesco, estão processando a distribuidora Romar Entertainment de Zane por ter falhado no lançamento do filme. Na alegação, acusam a Romar de quebrar contrato que previa que o filme entraria em, pelo menos, 2 mil salas nos EUA. Segundo o processo, os réus também não pagaram aos acusadores suas partes nos lucros da bilheteria e muito menos usaram os 10 milhões de dólares, que Boll e seu consórcio haviam adiantado para gastos com publicidade no lançamento.
Boll quer reparações do seu dinheiro investido. Por enquanto a Romar - que não lançou mais nada até hoje - não se manifestou.
Toda a encrenca começou em maio de 2005. Zane integrava o elenco do filme quando chegou para Boll com a proposta. O ator e o diretor James Schramm estariam abrindo a Romar para revolucionar o mercado dos EUA com uma política que oferece um modelo de negócio inovador para criadores e atores, segundo o anúncio na criação da distribuidora. Pela fórmula, colocar um filme em cartaz fica mais barato porque, ao final da jornada nas salas de cinema, é o produtor quem fica com a propriedade e os direitos sobre o filme, e não a distribuidora.
Na prática deu tudo errado. O custo estimado da produção bateu nos 25 milhões de dólares, mas a arrecadação no fim de semana não passou do 1,2 milhão. Segundo a Variety, centenas de cópias foram enviadas para salas que sequer as haviam solicitado - e muitas se recusaram a passar o filme. A Romar anunciava a exibição em mais de 1.900 cinemas ao redor dos EUA, número semelhante ao que Boll cita no processo, mas no fim pouco mais de 900 exibiram BloodRayne.