Steven Spielberg se arrepende de ter feito Tubarão e, com o sucesso do filme, ter causado uma explosão na caça ilegal de tubarões pelo mundo. Em entrevista à BBC Radio [via EW], o cineasta comentou sobre o impacto negativo do filme que lançou sua carreira.
"Eu realmente fico horrorizado com a dizimação da população de tubarões que aconteceu por causa do livro e do filme. Me arrependo muito disso", disse Spielberg, se referindo também ao livro de Peter Benchley que inspirou o blockbuster.
"Este é um dos meus maiores medos: não ser comido por um tubarão, mas que os tubarões ainda estejam bravos comigo por causa do frenesi de caça esportiva que aconteceu após 1975", completou.
Desde o lançamento de Tubarão, vários especialistas falaram sobre o impacto do filme no volume de caçadores de tubarão nos mares ao redor do mundo. George Burgess, diretor do Programa Floridiano de Pesquisa sobre Tubarões, estima que o sucesso do longa levou "milhares" de pessoas a se tornarem pescadores esportivos.
Segundo ele, a história de Tubarão criou a percepção do animal como "matador de gente", o que removeu o remorso da equação quando as pessoas pensavam em caçar o predador marinho. O próprio escritor Benchley expressou remorso por ter escrito Tubarão antes de sua morte, em 2006.
"Sabendo o que eu sei agora, nunca escreveria aquele livro. Tubarões não escolhem humanos deliberadamente como alvos, e certamente não tem vingança pessoal como motivação", comentou ele em entrevista.
Tubarão arrecadou US$ 476 milhões nas bilheterias mundiais durante o seu lançamento, em 1975. Três sequências foram produzidas, em 1978, 1983 e 1987.
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