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Filmes
Entrevista

Sérgio Mallandro vai estrelar cinebiografia própria

Coadjuvante de luxo na comédia Ninguém Entra Ninguém Sai, humorista revive peripécias de infância

RF
14.11.2016, às 16H10.
Atualizada em 14.11.2016, ÀS 17H03

Centrada nas confusões de um grupo de pessoas confinadas em um motel, a comédia carioca Ninguém Entra, Ninguém Sai, dirigida pelo chinês radicado no Rio Hsu Chien, teve seu trailer viralizado na web esta semana,  despertando curiosidade especialmente por trazer, em seu estrelado elenco, uma exótica caracterização de um ídolo dos anos 1980 e 90: Sergio Mallandro.

Na pele de um pai de santo picareta, o humorista imortalizado por bordões como "Glu Glu" e "Yeah Yeah" volta às telas pelas vias do riso, como coadjuvante de luxo, enquanto prepara sua cinebiografia. Prevista para ser filmada em 2017, "Sergio Mallandro - O Errado Que Deu Certo" vai resgatar as maiores peripécias do comediante, repassando causos ineditos de sua vida e causos celebrizados por ele nos palcos em shows de humor como Mallandramente, que ele faz neste sábado no Teatro dos Grandes Atores, no Rio, e neste domingo e segunda em Santos, no Parque Balneário. 

"Fazer cinema é o maior barato, sempre, incluindo participações em filmes cheio de energia boa como este do chinês, que me deixou muito à vontade para filmar no papel de um pai de santo 171", diz Mallandro, que daqui há uma semana divulga o nome de quem vai dirigir O Errado Que Deu Certo. "Neste filme, eu apareço num show, tipo os stand ups que faço há sete anos pelo Brasil, contando histórias da minha infância, da minha adolescência e da minha entrada na TV, com outros atores me interpretando nas outras fases".

Revelado pelo cinema no início dos anos 1980 em Menino do Rio, do diretor Antonio Calmon, Mallandro já protagonizou sucessos de bilheteria como Lua de Cristal (1990) e participou de blockbusters como Muita Calma Nessa Hora (2010). Mas seu amor pela arte cinematográfica vai além de sua memória dos sets.

"Gosto muito de ir ao cinema, mas para ver filmes emotivos ou engraçados que não fujam muito da realidade: essa coisa de terceira dimensão, de homem que vira macaco, de gente que se transforma em pássaro, não é comigo. Terror, então, eu odeio. Uma vez, tive uma namorada que adorava filme de terror. Pra conseguir comer essa mulher, tive que ver um Brinquedo Assassino qualquer e passei a sessão toda de olhos fechados. Mas depois que consegui o que queria, jurei: terror, nunca mais: ia ficar só ali pela Branca de Neve e por outros desenhos. Outro dia, resolvi ver 50 Tons de Cinza e me desapontei: aquele cara é muito fraquinho perto do Serginho Mallandro. Eu sou 250 tons ou mais... Vou ensinar umas posições pra ele", diz Mallandro, que tem alguns filmes favoritos. "Vi Ghost umas 15 vezes. Gosto muito também de O Campeão, de Franco Zeffirelli, que me emociona por me fazer lembrar da morte do meu pai. Fã do Chaplin, gosto muito de comédias, incluindo as brasileiras, como Meu Passado Me Condena, Minha Mãe É Uma Peça, Tô Ryca".

Com a promessa de fazer o público de sua peça rir neste fim de semana com novas histórias, entre elas um encontro com Padre Marcelo Rossi e com Mr. Catra, Mallandro conta que já viveu as mais inusitadas situações no teatro.

"Um dia desses, uma velhinha de 80 anos quis me agarrar e me deu um selinho. Num outro show meu, um desembargador todo sério que estava na plateia com cara de poucos amigos subiu no palco pra passar na brincadeira da Porta dos Desesperados e, quando eu vi, ele estava nadando no palco, todo soltinho", diz Mallandro, que planeja um novo programa de humor na TV para 2017. "Não posso adiantar o que é, mas será divertido".