Em entrevista ao Fandango, Antoine Fuqua falou sobre a história da nova versão de Scarface. O diretor, anunciado no mês passado, citou os problemas da imigração dos mexicanos nos EUA, o que indica nova nacionalidade do protagonista:
“Eu li o roteiro e, na verdade, é bem interessante e oportuno. Estamos lidando com várias coisas agora vindo do México. E, novamente, temos esses problemas em lidar com o ‘sonho americano’, e o fato de que o jogo é manipulado, certo? Não é nem mesmo um campo aberto, mas a promessa é de que é. A promessa é que todo mundo recebe uma oportunidade justa, mas nem sempre é o caso. Então, isso sempre é relevante e, neste momento, com tudo o que está acontecendo no México, que é de onde o personagem principal vem, isso é relevante, especialmente quando você tem pessoas falando sobre criar muros e outros tipos de coisas. Ainda estamos lidando com a imigração, ainda estamos lidando com que transformaria alguém no Scarface”.
"Todas eles deixam esses países pequenos, e é difícil se tornar o Scarface, a não ser que você seja alguém como o El Chapo... E é difícil se tornar esse cara na América. Mas, o que acontece quando você é alguém com o mesmo apetite, mas continuam batendo as portas na sua cara? O que acontece quando a única coisa que você tem certeza é como ir e pegar alguma coisa? Só acho que ser marginalizado é algo perigoso. Quando as pessoas são marginalizadas e perdem a ilusão, é apenas perigoso. Acho que isso é mais relevante do que nunca agora, e também pode ser extremamente divertido. Então, vamos ver", completou Fuqua.
Jonathan Herman (Straight Outta Compton) escreveu a última versão do roteiro, assinada anteriormente assinado por Paul Attanasio (Donnie Brasco, A Soma de Todos os Medos ) e David Ayer (Corações de Ferro, Esquadrão Suicida).
A ideia do novo filme não é realizar um remake ou uma continuação, mas dar um tratamento contemporâneo ao gângster usando os elementos em comum dos Scarface de 1932 e de 1983: um imigrante, alguém estranho a um ambiente, que embarca na carreira criminosa para conseguir, através de violência, sua própria visão distorcida do "Sonho Americano".
No primeiro longa, de Howard Hawks, o personagem era um italiano (vivido por Paul Muni). No segundo, de Brian De Palma, estrelado por Al Pacino, tornou-se cubano - assista ao OmeleTV sobre o lançamento de Scarface em Blu-ray. O novo personagem seria então um mexicano envolvido no cartel de drogas em Los Angeles. O novo filme ainda não tem data para chegar aos cinemas.