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Reagindo a Clube da Luta | Ao Vivo

Celebre com a gente os 20 anos do lançamento do filme no Brasil

29.10.2019, às 19H30.

Depois de ler Clube da Luta, de Chuck Palahniuk, todo em uma única noite, David Fincher decidiu que precisava comandar a adaptação - “Não conseguia parar de rir. Quem não quer ver empresas de cartão de crédito explodindo?”. O cineasta tentou então comprar os direitos do romance, que já estavam com a 20th Century Fox. Coincidentemente, o estúdio buscava alguém para comandar o roteiro do novato Jim Uhls. Antes de chegar em Fincher, porém, a vaga passou pelas mãos de Peter Jackson, que estava ocupado com Os EspíritosBryan Singer, que recebeu, mas não chegou a ler o livro; e Danny Boyle, que leu o livro e chegou a se encontrar com o produtor Ross Bell, mas preferiu seguir com outro projeto.

Fincher conseguiu comandar o filme que queria, mas o reconhecimento chegou anos depois, apenas quando o filme foi lançado em DVD. Do êxito também vieram as deturpações da mensagem, como temiam a mídia à época do lançamento e como reclamou Fincher na Comic-Con 2014: “Clube da Luta é sobre a coisa mais perigosa de todas: ideias ”. Uma vez expostas, essas podem ser semeadas, mesmo que o objetivo fosse evitar o seu cultivo. Tyler Durden se tornou o correspondente para os descontentamos do novo milênio assim como Travis Bickle (o personagem de Robert De Niro em Taxi Driver, de 1976) fora uma voz no pós-Guerra do Vietnã. Ao invés de entender o personagem como a consequência extrema de uma crítica social, parte do público assumiu a identidade da transgressão como a necessidade de quebrar as regras que o tornavam infeliz. Tyler não é o vilão, é o herói. Assim nasceram clubes da luta de verdade pelo mundo, formados por tipos variados, de profissionais da indústria de tecnologia a meros adolescentes.

No vídeo acima, revemos ao vivo o clássico, comentando todas as suas contradições e todos os detalhes que o tornam obrigatório para quem ama cinema.