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10 injustiças cometidas pelo Oscar

Relembre escolhas polêmicas (e totalmente questionáveis) feitas pela Academia ao longo dos tempos

5 min de leitura
FB
28.09.2025, às 06H30.

Créditos da imagem: Mubi/Divulgação

É indiscutível a importância do Oscar para a indústria do cinema mundial. Entretanto, quem acompanha ano a ano as edições da premiação sabe que nem sempre a Academia é totalmente acertada nas escolhas que faz.

Relembre, a seguir, dez decisões polêmicas – e para lá de questionáveis – tomadas pelos votantes do tapete-vermelho mais visado de Hollywood:

Cidadão Kane

Reprodução

A balança da cerimônia de 1942 parecia fortemente inclinada ao filme histórico de Orson Welles – considerado por muitos especialistas como a máxima representação cinematográfica de todos os tempos.

Indicado a nada menos que nove estatuetas, Cidadão Kane levou, no entanto, apenas uma delas para casa – a de Melhor Roteiro Original. O cobiçado prêmio de Melhor Filme ficou para Como Era Verde o Meu Vale – um drama histórico caprichado, é verdade, porém muito mais convencional que seu principal oponente.

Laranja Mecânica

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Stanley Kubrick foi um dos cineastas mais subestimados pela Academia em toda a história desta – e seu filme de 1971 é um exemplo clássico dessa inexplicável má-vontade.

Laranja Mecânica recebeu quatro indicações (algo até modesto, diante da genialidade da produção), mas saiu da cerimônia com as mãos abanando.

Operação França foi o título mais premiado da temporada, embora jamais tenha chegado perto da aclamação atemporal da fita estrelada por Malcolm McDowell.

Rocky, um Lutador (superestimado)

Divulgação

O longa com Sylvester Stallone de fato funciona como o blockbuster que é, perfeito para incontáveis exibições vespertinas na TV aberta, regadas a muitas lágrimas e pipoca no sofá – mas daí a faturar quatro estatuetas do Oscar é um evidente exagero.

A injustiça se torna ainda mais gritante quando lembramos que Rocky teve por concorrente o brilhante Taxi Driver, mandado para casa sem nenhum prêmio para chamar de seu.

A Cor Púrpura

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Whoopi Goldberg é uma das mais conhecidas atrizes de comédia em Hollywood – mas sua veia dramática brilhou como nunca neste que é um dos ápices da carreira de Steven Spielberg.

A Academia, inicialmente, até parecia disposta a reconhecer o valor do longa – tanto que o indicou a dez categorias, incluindo a de Melhor Filme. Mas despachá-lo de volta sem nenhum galardão no bolso foi definitivamente imperdoável.

Leonardo DiCaprio (Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador)

Reprodução

O ator colecionou esnobadas da Academia ao longo de sua carreira – e a primeira dela se deu em 1993, quando tinha apenas 19 anos.

DiCaprio emocionou público e crítica com sua interpretação de um jovem autista no filme estrelado por Johnny Depp, o que merecidamente lhe valeu a indicação a Melhor Ator Coadjuvante do ano seguinte.

O prêmio, porém, acabou indo para a esquecível participação de Tommy Lee Jones em O Fugitivo.

Fernanda Montenegro (Central do Brasil)

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O Oscar de 1998 teve ares de Copa do Mundo no Brasil. O motivo: todos estávamos torcendo fervorosamente pela vitória da obra de Walter Salles, indicada a Melhor Filme Estrangeiro e a Melhor Atriz com sua protagonista.

Perder o primeiro troféu para o italiano A Vida é Bela foi frustrante, embora nem tão humilhante. Mas ver Fernanda Montenegro (um patrimônio vivo das artes nacionais) ser desbancada por Gwyneth Paltrow – em um papel banalíssimo de heroína romântica, no raso Shakespeare Apaixonado – foi uma injustiça que os brasileiros demoraram anos para digerir.

O Resgate do Soldado Ryan

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A atriz brasileira, entretanto, não foi a única injustiçada pela Academia em 1998. Drama histórico irrepreensível de Steven Spielberg, a saga do militar interpretado por Tom Hanks parecia imbatível rumo ao Oscar de Melhor Filme.

Levou, porém, uma rasteira do mesmíssimo Shakespeare Apaixonado – certamente um dos filmes mais superestimados em toda a história da Academia.

Ellen Burstyn (Réquiem para um Sonho)

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A interpretação da atriz no longa de Darren Aronofsky foi uma unanimidade no ano 2000, e seu reconhecimento pelo Oscar parecia uma certeza.

As expectativas gerais, entretanto, foram frustradas quando a eterna queridinha da América, Julia Roberts, “roubou” para si a estatueta de Melhor Atriz – por seu trabalho, inspirado de fato, na cinebiografia Erin Brockovich.

O Segredo de Brokeback Mountain

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Aclamado nos mais importantes festivais de cinema do mundo, Brokeback Mountain parecia o receptor natural do Oscar de Melhor Filme em 2005. Perdeu, no entanto, para Crash: No Limite – um título bem menos recordado na atualidade.

Para Diana Ossana, uma das roteiristas do filme esnobado, tal reviravolta só teria uma explicação: homofobia.

As pessoas querem negar isso [preconceito homofóbico contra Brokeback Mountain], mas o que mais poderia ter sido? Havíamos ganhado tudo até então!”, apontou ela, em junho deste ano, ao recordar para o portal Deadline a derrota de duas décadas atrás.

Webstories

Demi Moore (A Substância)

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Embora houvesse entre os brasileiros uma grande torcida pela vitória de Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui), a verdade é que o Oscar de Melhor Atriz do ano passado parecia predestinado às mãos de Demi Moore.

Foi uma surpresa, portanto, que a bem menos experiente (e bem mais jovem) Mikey Madison (Anora) tenha sido a escolhida para a estatueta.

Essa injustiça pode ser explicada em partes pela resistência histórica da Academia em premiar filmes de terror, o que talvez tenha criado um certo preconceito dos votantes em torno de A Substância.