Frank Oz, cineasta mais conhecido como a voz do diminuto mestre jedi de Star Wars, dá um banho de bom-humor na comédia Morte no Funeral (Death at a Funeral).
morte no funeral
Misturando as trapalhadas do gênero comédia de erros, com a tradição contida e afiada dos comediantes ingleses, mais umas pitadas de humor escatológico importado do outro lado do Atlântico, o diretor inglês faz um de seus melhores filmes desde o final da década de 1980.
Toda a história do longa cerca a morte do patriarca de uma família inglesa tradicional. Funeral preparado, chegam aos poucos familiares e amigos... e alguns desconhecidos. São diversos personagens estereotipados em suas descrições e problemas. Apesar disso, tudo correria bem, não fossem dois estopins - um frasco de alucinógenos perdido e o amante gay do falecido.
Oz não arrisca. Pisa no terreno seguro das idéias já testadas e aprovadas por audiências em qualquer parte do mundo. E até (veja só!) espirra com inédito sucesso um pouco de cocô pela tela, na tradição de um American Pie. A diferença é que o faz com uma direção de atores maravilhosa, privilegiada por um elenco de qualidade. O filme, só funciona por conta disso. Todos parecem interessadíssimos em dar aos seus personagens pequenos detalhes que os tornam humanos com personalidades bastante características - o que só aumenta o volume das gargalhadas quando essas pessoas se envolvem em situações extremadas.
Lembrar da cara de Alan Tudyk (Eu, Robô) chapado, por exemplo, ou do "anão do inferno" (Peter Dinklage, o anão mais bonito do mundo), ou mesmo do sorriso amarelo de Andy Nyman atravessando a sala do funeral (impossível não pensar nele como um misto de George Costanza e Ricky Gervais) são cenas que fazem rir até horas depois do filme.
Mestre Yoda ainda sabe como fazer uma boa comédia.