O papel que lhe rendeu o troféu de ator coadjuvante em 1992, o caubói Curly Washburn da comédia Amigos, sempre Amigos (City Slickers), curiosamente representou uma reviravolta na carreira de Palance. No cinema, ele sempre fora conhecido pelos vilões, especialmente no clássico Os brutos também amam (Shane, 1953), pelo qual recebeu a segunda indicação seguida ao Oscar da categoria, depois de ter sido finalista por coadjuvar em Precipícios dAlma (Sudden Fear, 1952).
Volodymyr Palanyuk, seu nome de batismo, nasceu na Pensilvânia em 1919. Antes de virar ator, foi lutador de boxe, garçom e salva-vidas. Por conta de sua participação na Segunda Guerra Mundial, sofreu queimaduras no rosto ao ser retirado dos destroços em chamas de um bombardeiro B-24. Os traços fortes deixados pelas queimaduras foram, em parte, responsáveis pelo rumo vilanesco que Palance tomaria ao se profissionalizar como ator de cinema, em 1950. Eterno coadjuvante, ele ficou mais conhecido no Brasil por narrar as bizarrices da série Acredite se Quiser!.
O ator de 87 anos estava ao lado de seus familiares nos seus últimos momentos.