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Os 30 Melhores Filmes de Zumbi e Onde Assistí-los

No mês do retorno de Extermínio, o Omelete lista o melhores filmes do gênero zumbi

30.06.2025, às 20H03.

Poucas coisas foram tão abordadas na cultura pop nos últimos 25 dias do que zumbis. De séries de televisão que geraram universos que persistem até hoje, a inúmeros videogames que exploram a ideia da maneira mais divertida até a mais séria, os mortos-vivos são uma presença fixa no entretenimento. Há quadrinhos, livros e podcasts a mil. No cinema, claro, não é diferente.

Não é exagero dizer que o boom de zumbis neste século praticamente causou uma saturação, mas estamos virando a esquina de um retorno com o filme de zumbi mais aguardado em anos: Extermínio: A Evolução. Com estreia marcada para junho, o filme nos dá a chance perfeita para listar os 30 melhores de zumbis e mostrar que a história do gênero na telona na verdade tem quase um século de história, e é variada o suficiente para escapar de qualquer mesmice.

Durante o mês de junho, essa lista será atualizada diariamente. Teremos um novo filme todo dia até fecharmos os 30. Acompanhe conosco!

A Noite dos Mortos-Vivos (1968)

Melhores Filmes de Zumbi

Divulgação

Onde ver: Disponível para streaming no Belas Artes à La Carte, Looke e Plex.

Falar sobre filmes como A Noite dos Mortos-Vivos sempre parece meio fútil. Praticamente todo filme nesta lista explicará a relevância do clássico de George A. Romero, um documento fundamental na história da mitologia de zumbis. Das mordidas passando a infecção ao visual de uma casa com madeira nas janelas e pessoas nervosas dentro, a gênese de tudo está aqui. O que também está aqui, porém, é a criação de uma conexão entre o gênero e comentários sociais. Não é à toa que a única pessoa com a cabeça no lugar neste filme é um negro, que nos anos 1960 dos EUA já experimenta o apocalipse diariamente, e não é a toa que o filme termina com uma imagem de violência perpetuada não pelos mortos-vivos, mas pelas autoridades armadas. - Guilherme Jacobs

Extermínio (2002)

Sony Pictures

Onde ver: Disponível para streaming no Universal+, para aluguel e compra na Apple TV e Google Play.

Se os filmes de Romero criaram a linguagem clássica dos filmes de zumbi, firmaram regras que nunca deixaram de ser usadas e estabeleceram o funcionamento básico dos mortos-vivos como conhecemos, Danny Boyle e Alex Garland jogaram isso pro alto. Modificando algumas coisas – agora eles correm! – e se apoiando em outras, seu Extermínio (mais conhecido pelo original: 28 Days Later), feito com o puro suco da vibe dois-amigos-e-uma-câmera do cinema independente, traz os zumbis para a era digital. Não é um exagero dizer que a era moderna dos zumbis começa aqui. - Guilherme Jacobs

Re-Animator: A Hora dos Mortos-Vivos (1985)

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Onde ver: Disponível somente em mídia física.

Mago do trash e do body horror cuja obra frequentemente é subestimada em círculos cinéfilos, Stuart Gordon estreou na direção com Re-Animator, uma adaptação do livro de H.P. Lovecraft sobre o cientista universitário que cria um soro de zumbificação - o problema é que os mortos-vivos que ele cria, de gatos a humanos, se mostram confusamente violentos ao voltar à vida. Misturando efeitos práticos arrepiantes, uma crítica contundente à institucionalização burocrática da medicina, e a performance intensa de Jeffrey Combs como o personagem título, Re-Animator pode não ter envelhecido tão bem quanto outros filmes de terror mais sofisticados da época, mas ainda tem uma faísca inegável de caos criativo que o torna compulsivamente assistível. - Caio Coletti

REC (2007)

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Onde ver: Disponível para streaming no Prime Video

De certa forma, incluir [REC] nessa lista é um desserviço ao espetacular indie espanhol de 2007. O filme de Jaume Balagueró e Paco Plaza é um grande clássico do cinema baseado na ideia de “assistir sem saber de nada.” Uma fonte constante de surpresas, o filme acompanha uma reportagem sobre bombeiros que atuam à noite numa missão que rapidamente dobra a esquina da loucura e do medo. Genuinamente assustador, ele é pura intensidade. - Guilherme Jacobs

Zumbilândia (2009)

Sony Pictures

Onde ver: Disponível para streaming na Netflix, para aluguel e compra no Apple TV, Google Play, YouTube e Prime Video.

Se toda geração tem uma boa comédia de zumbis para chamar de sua, a dos late millennials sem dúvida é Zumbilândia. Com uma dupla principal que encarna o estrelato hollywoodiano da sua época (Jesse Eisenberg e Emma Stone), uma narração em off espertinha que borra a linha entre o politicamente correto e a baboseira adolescente, um papel caracteristicamente exagerado para Woody Harrelson, e uma participação especial que só poderia ser apreciada como foi por essa faixa etária de espectador, o filme de Ruben Fleischer brinca criativamente com seu cenário pós-apocalíptico e se mostra finamente sintonizado aos ritmos meméticos da cultura pop contemporânea. O status de cult que ele ganhou com uma fatia específica do público, o bastante para garantir uma sequência (inferior) em 2019, só prova sua solidez como filme. - Caio Coletti

Resident Evil: O Hóspede Maldito (2002)

Sony Pictures

Onde ver: Disponível para streaming na Netflix e HBO Max, para aluguel e compra no Apple TV e Prime Video.

Pouco conectado com a mitologia e o clima de terror mais casca-grossa da franquia de videogames da Capcom, o Resident Evil dos cinemas é o puro suco de Paul W.S. Anderson - e embora o diretor tenha saído progressivamente da caixinha com as continuações, este primeiro filme de 2002 ainda é fundador para entender o seu tratado de artificialidade cinematográfica sobre as armadilhas da propriedade e a marcha imparável do tempo. O Hóspede Maldito também é, claro, um filme de ação zumbificado de primeira, com a cara e os instintos que vieram a definir o cinema de gênero dos anos 2000. Leia-se: muita aposta em efeitos especiais capengas de PlayStation 1, estética “suja” de clube noturno gótico, e o discurso anticorporativista menos convicto que você já ouviu. Visto hoje, até suas falhas tem certo charme. - Caio Coletti

Invasão Zumbi (2016)

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Onde ver: Disponível para streaming na Netflix, para aluguel e compra no Apple TV.


Observador sagaz de gênero, o cineasta sul-coreano Yeon Sang-ho viu o filme de zumbi se tornar uma paródia inchada do que um dia foi conforme os anos se passaram, e por isso decidiu diminuí-lo aos seus preceitos mais básicos: um cara comum tentando sobreviver em um mundo que o ataca sem parar. O resultado foi o fenômeno Invasão Zumbi, que colocou o sempre magnético Gong Yoo para proteger a filha pequena em uma viagem de trem que se torna mortal após o começo da epidemia zumbi. Salpicado de coadjuvantes carismáticos que pintam um quadro completo da reação humana à tragédia, o filme de Yeon se impõe mesmo como uma maratona de perigos e escapadas - uma jornada tão exaustiva quanto qualquer dia útil, elevada à enésima potência pela fantasia. - Caio Coletti

Todo Mundo Quase Morto (2004)

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Onde ver: Disponível para compra e aluguel no Prime Video, AppleTV+ e YouTube.

Em inglês, é comum chamar as comédias românticas de “romcom”. E Todo Mundo Quase Morto é a primeira RomComZom (comédia romântica com zumbis!). Na história —a primeira da Trilogia Corneto, do diretor Edgar Wright com Simon Pegg e Nick Frost, além de produção de Nira Park— dois amigos de Londres não percebem que o Reino Unido está passando por uma infestação zumbi, até que dois mortos-vivos aparecem no seu jardim. Vindos da série Spaced, Wright e Pegg, parodiam filmes de George A. Romero e outros clássicos do cinema, como De Volta Para o Futuro e Os Pássaros, além de usar a fórmula das comédias românticas. - Marcelo Forlani 

Extermínio 2 (2007)

Fox

Onde ver: Disponível para streaming no Disney+ Netflix.

Uma vez rejeitado devido a ausência do trio Danny Boyle, Alex Garland e Cillian Murphy, a continuação de Extermínio hoje tem seus fãs, e com razão. Extermínio 2 (ou 28 Weeks Later) imediatamente derruba nossas expectativas mostrando uma Londres que consegue sobreviver ao surto inicial do vírus mas que, num toque ácido que perpetua os temas de incapacidade militar do original, debaixo do olhar do exército americano que agora administra a cidade, tropeça de volta ao abismo. A forma como o vírus sobrevive, aliás, é um dos grandes toques únicos do filme de Juan Carlos Fresnadillo, cujo elenco inclui Jeremy Renner, Rose Byrne, Idris Elba e Imogen Poots. Não trocamos Boyle/Garland por nada, mas esse filme está longe de ser uma ovelha negra na franquia. - Guilherme Jacobs

Zombeavers: Terror no Lago (2014)

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Onde ver: Disponível somente em mídia física.

Zombeavers é exatamente o que o título promete - castores zumbificados perseguindo um grupo de adolescentes patetas com hormônios à flor da pele, por (perfeitamente calculados) 85 minutos, menos créditos! Dirigido pelo comediante stand-up Jordan Rubin, essa tranqueira de 2014 sabe muito bem o tipo de filme que é, e como provavelmente será assistido: em grupo, com mais do que algumas substâncias controladas envolvidas, e uma algazarra de comentários idiotas sendo atirados na tela. Como tal, ele é perfeito, seja na quantidade de gore e nudez que serve ao público, na participação especial absurdamente inesperada no terceiro ato, ou na música tema hilariamente executada como se fosse um clássico de Frank Sinatra. - Caio Coletti

Eu Sou a Lenda (2007)

Warner Bros.

Onde ver: Disponível para streaming na Max.

Um dos papéis mais importantes da carreira de Will Smith e Alice Braga, Eu Sou a Lenda acompanha um cientista que perdeu a família no epicentro de um apocalipse zumbi. Junto de sua cadela, ele tenta buscar a cura enquanto vive isolado - até onde ele sabe, na cidade. Quando sua pesquisa parece avançar, tudo vira de cabeça para baixo. Além de um ótimo filme, a produção também se tornou uma fonte de memes, apesar de não ser nada engraçada. - Pedro Henrique Ribeiro

Meu Namorado é Um Zumbi (2013)

Divulgação

Onde ver: Disponível para aluguel no Prime Video e Apple TV.

Pouco depois de estrear como Fera em X-Men: Primeira Classe, Nicholas Hoult embarcou em um monstro bem diferente. Em Meu Namorado é um Zumbi, Hoult é, claro, um zumbi, que não se lembra de seu passado e age puramente por instintos. Isso até conhecer Julie (Teresa Palmer) e decidir salvá-la ao invés de matá-la. Ela, então, tenta ajudá-lo a entender quem ele realmente é e como isso pode mudar o cenário pós-apocalíptico em que eles vivem. O filme é aquele clássico trash zumbi, com muita comédia, mas também um toque especial de romance. - Bruna Nobrega

Como Sobreviver a um Ataque Zumbi (2015)

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Onde ver: Disponível para aluguel no Prime Video e Apple TV.

Esse besteirol adolescente de 2015, dirigido e escrito por Christopher Landon (que poucos anos depois se tornaria queridinho dos fãs de terror com A Morte te Dá Parabéns), pode até tocar em absolutamente todos os clichês do gênero - e fazer algumas piadinhas hormonais que seriam consideradas de mau gosto hoje em dia -, mas impossível negar que ele é também 1h30 de pura diversão. Com Tye Sheridan em um de seus últimos papeis juvenis e uma bagatela de futuros astros (Halston Sage, Lukas Gage, Patrick Schwarzenegger) em papéis coadjuvantes, a produção toma com desenvoltura o caminho Zumbilândia de rechear a sua premissa apocalíptica com referências pop e revelar que o fim do mundo não significa que os humanos vão parar de se preocupar com as coisas mais superficiais possíveis. - Caio Coletti

Didn't Die (2025)

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Onde ver: Ainda inédito no Brasil.

Modesto em seus valores de produção e vacilante entre comédia e drama na sua abordagem de gênero, Didn’t Die ainda me impressionou quando o assisti no Festival Sundance 2025. Isso porque me parece que a diretora Meera Menon (em seu primeiro filme desde Mercado de Capitais, quase dez anos atrás) acertou ao resgatar o potencial mais latente da história de zumbis: a de escancarar como lidamos com o isolamento, como buscamos conexão, e como nos embaralhamos nas conexões que encontramos. Filmado em um preto-e-branco que lhe faz muito bem como produção independente, seja para esconder as falhas dos efeitos ou nos colocar na vibração certa para sua história familiar, Didn’t Die acaba se mostrando uma história surpreendentemente tocante sobre sobrevivência. - Caio Coletti

Zombies (2018)

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Onde ver: Disponível para streaming no Disney+.

Para a geração que cresceu assistindo a High School Musical e Camp Rock no Disney Channel, o auge dos filmes do canal parou nos anos 2000, mas a verdade é que a empresa continuou fazendo boas franquias musicais, começando por Teen Beach Movie e Descendentes e passando justamente por Zombies. Nessa história, com ares de Romeu e Julieta, um zumbi (Milo Manheim) e uma humana (Meg Donnelly) se apaixonam e precisam fazer com que seus respectivos grupos aprendam a coexistir um com o outro. A trama é fofa, as músicas são legais e a franquia deu tão certo que continua até hoje, com o lançamento do quarto filme marcado pra 11 de julho. - Bruna Nobrega

[REC] 2: Possuídos (2009)

Divulgação

Onde ver: Disponível para streaming no Prime Video

Sem o fator surpresa do primeiro filme, [REC] 2: Possuídos aposta quase unicamente na visceralidade. A dupla Jaume Balagueró e Paco Plaza dirige esse filme como uma sequência de surtos e gritaria que eleva o terror, gore e nojeira do original para compensar pela falta de mistério. Se, por um lado, a falta de mistério deixa o filme menos intrigante, ela também o liberta do preparo para chegar nas cenas mais horripilantes, e é um grande mérito da continuação que, mesmo depois de inúmeros momentos perturbadores, sua última cena seja uma imagem que, quem viu, jamais esquecerá. - Guilherme Jacobs

Madrugada dos Mortos (2004)

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Onde ver: Disponível para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV.

Imagine um mundo sem Snydeus. Bom, esta era a realidade desta Terra até 2004, quando Zack Snyder dirigiu seu primeiro filme, o remake de Madrugada dos Mortos, clássico de George A. Romero. E a sua estreia não poderia ser mais emblemática para os fãs das adaptações dos quadrinhos para os cinemas, pois quem escreveu o roteiro foi um tal de James Gunn! Pregresso dos filmes de terror, Gunn não economiza no gore, enquanto Snyder já mostra um pouco de sua marca registrada em ótimas cenas de ação. O filme, feito com orçamento relativamente baixo (26 milhões de dólares), fez mais de US$ 100 milhões de bilheteria e serviu de cartão de visita para o jovem cineasta, que depois fez 300, Watchmen, Homem de Aço, Liga da Justiça- Marcelo Forlani

Extermínio: A Evolução (2025)

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Onde ver: Em cartaz nos cinemas. Posteriormente, em streaming na Max.

Extermínio: A Evolução não se apoia em metáforas baratas do aqui e agora. Não há representantes de políticos e bilionários do momento atual. O uso de uma infeção trará o covid-19 à mente, assim como a separação do Reino Unido – em quarentena do resto do mundo – fala do Brexit, mas o contraste que o diretor Danny Boyle encontra (ou cria) em todos os aspectos do filme fala em alto e bom som do ruído no centro da vida moderna sem precisar literalizar nada. O filme transborda com a sensação de que há perigos mil à nossa volta, e a escolha de um pré-adolescente como protagonista da história – construída de ponta a ponta por Alex Garland como um conto sobre a perda da inocência – reforça a triste verdade de que até os mais jovens estão vulneráveis a essas ameaças. Talvez por isso o encontro do menino com Dr. Kelson, quando vem, se revele tão poderoso. - Guilherme Jacobs

Handling the Undead (2024)

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Onde ver: Ainda inédito no Brasil.

Tecnicamente, Handling the Undead é um filme de zumbi. O longa da diretora norueguesa Thea Hvistendahl com Renate Reinsve (Sentimental Value) tem todos os marcos das histórias típicas de mortos-vivos, como o momento no qual os cadáveres voltam à vida, derramamento de sangue, tensão lenta e uma grande ideia por trás desse evento. Quem entrar nessa exploração de luto esperando tiros na cabeça e terror, porém, sairá decepcionado. Concebido como um drama de ritmo lento (mas duração misericordiosamente curta), Handling the Undead encontra sucesso ao cavar fundo para encontrar os efeitos emocionais de ver quem você ama retornando da morte, e rapidamente se mostra desinteressado nos clichês do gênero. - Guilherme Jacobs

Anna e o Apocalipse (2017)

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Onde ver: Disponível para aluguel e compra no Apple TV.

Todo mundo tem o seu filme de Natal, aquele cuja tentação de rever em meados de dezembro é irresistível. O meu só calha de ser, também, um musical cômico de zumbis - e uma excelente história de amadurecimento. Anna e o Apocalipse mistura mortos-vivos, canções com cara do Disney Channel e uma ambientação no interior da Inglaterra para falar da dor e da delícia de deixar a sua casa para trás, encarando um mundo adulto desconhecido que pode te exterminar a qualquer momento. É um filme que só melhora conforme eu envelheço, mas também cujos prazeres juvenis nunca parecem se esgotar. E a quantidade de vezes que eu ouço “Hollywood Ending” durante o ano para me dar forças não está no gibi. - Caio Coletti

Melanie - A Última Esperança (2016)

Cena de Melanie - A Última Esperança (Reprodução)

Onde ver: Disponível para aluguel e compra no Prime VideoApple TV+.

O novelista Mike Carey fez questão de adaptar o seu próprio livro Melanie - A Última Esperança para o filme britânico de 2016, dirigido por Colm McCarthy (Black Mirror) e estrelado por Glenn Close. Dá para entender o motivo: costurando ideias complexas sobre autoritarismo e a crueldade humana em um contexto pós-apocalíptico, e incluindo um arco de quase-redenção por vezes difícil de engolir, Melanie é uma história delicada, que precisava de um toque leve. O filme é justamente isso, um drama realizado com requintes de produção, mas também cuidado excepcional com a narrativa, que nos ensina a futilidade de ir contra o futuro… e, de quebra, ainda nos introduziu à excelente atriz mirim Sennia Nanua, vibrante como a personagem título. - Caio Coletti

Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis (1998)

Cena de Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis (Reprodução)

Onde ver: Disponível para streaming na Max.

Scooby Doo na Ilha dos Zumbis é o filme menos assustador dessa lista. Eu admito isso logo de cara. Mas para uma criança que cresceu condicionada a esperar uma revelação banal por trás de todo mistério aparentemente sobrenatural que cruza o caminho da Monstros S.A., esse filme pode ser bem intenso. Falo por experiência. O momento em que percebemos que os mortos-vivos dessa animação são, de fato, mortos-vivos, quebra todas as regras do desenho e deixa esse longa, que está longe de ser uma obra-prima mas tem seu valor, imprevisível, empolgante e, por que não, até assustador.  - Guilherme Jacobs

Operação Overlord (2018)

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Onde ver: Disponível para compra e aluguel no YouTubeApple TVGoogle Play Prime Video.

Um daqueles filmes produzidos por J.J. Abrams que apostam na reviravolta, e que seriam beneficiados se não tivessem a entregado no marketing, Operação Overlord ainda consegue divertir devido a boa mistura de filme de Segunda Guerra Mundial com zumbis. Usando os experimentos nazistas como ponto de partida para o surgimento dos mortos-vivos, ele se beneficia muito do elenco carismático e ação frenética para não perder a força. A melhor história de zumbis nazistas ainda é o modo zumbi de Call of Duty, mas esse ainda vale seu tempo. - Guilherme Jacobs

Guerra Mundial Z (2013)

Sony Pictures

Onde ver: Disponível para streaming na Netflix Paramount+.

Guerra Mundial Z, o livro, é um clássico deste gênero, usando um formato antológico com relatos vindos do mundo todo para pintar o nascimento desse apocalípse de forma tangível e criativa. O filme… não é isso. Mas isso não quer dizer que ele seja ruim. Tanto pela presença de Brad Pitt no papel principal quanto pela grandeza do escopo, Guerra Mundial Z é infinitamente assistível. Ainda mais pela capacidade de, aqui e ali, colocar em tela uma imagem e uma ideia que você não viu antes. O final é uma grande propaganda da Pepsi? Sem dúvida. Mas é também algo que só uma estrela consegue fazer, e Pitt faz.

Army of the Dead - Invasão de Las Vegas (2021)

Netflix

Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix

Zack Snyder voltou aos mortos vivos com essa produção da Netflix que trai suas origens - aquela câmera desfocada nos cantos é a cara do streaming -, mas nem por isso fica sem uma boa dose do estilo inconfundível do cineasta. A parte mais legal de Army of the Dead é ver Snyder com carta branca para ser indulgente com suas pirações mais superficiais: se ele quer um tigre zumbi, ou um zumbi inteligente que dá à luz, ele vai ter! A parte menos legal é que, por algum motivo, Snyder resolve mergulhar esse seu sonho molhado zumbificado em um filtro de câmera enlameado que não faz nenhum favor à história. Mas, se ele está se divertindo, quem somos nós para não fazer o mesmo? - Caio Coletti

#Alive (2020)

Netflix

Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix.

#Alive nunca terá o mesmo impacto que teve quando saiu em 2020. Um filme sobre um jovem coreano trancado em casa e usando a internet para se comunicar com o mundo exterior durante uma pandemia? Assistí-lo durante os lockdowns daquele ano foi uma experiência pra lá de curiosa. Mas ainda hoje, o filme da Netflix tem o que oferecer. O desenrolar de suas cenas, a fotografia vibrante e a dinâmica única de sua premissa dão uma camada moderna às dinâmicas já conhecidas do gênero zumbi. - Guilherme Jacobs

Plano-Sequência dos Mortos (2017)

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Onde ver: Atualmente indisponível no Brasil

Vou ser honesto com você, caro leitor. Tentamos priorizar filmes disponívels para streaming, ou ao menos em mídia física, nessas listas, abrindo exceções apenas para lançamentos recentes. Mas seria um desserviço fazer essa lista em Plano-Sequência dos Mortos. Tudo que você precisa saber sobre ele é que ele trata de um ataque de mortos-vivos que ocorre quando a equipe de um filme está no meio da produção do seu terror de zumbis. Só confie em nós e vá assistir. O material do diretor japonês Shinichirou Ueda é tão bom que até o remake francês, Final Cut, mesmo sendo claramente inferior, ainda é infinitamente assistível.

Sonho de Morte (1974)

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Onde ver: Atualmente indisponível no Brasil.

O mais comum no gênero dos zumbis é tomar a criatura como uma espécie de matilha, com hordas de monstros servindo como analogia maior à sociedade da época. Em 1974, porém, o diretor Bob Clark, de Noite do Terror (ou Black Christmas) aproveitou a disposição poética destes filmes através de um único desmorto, um soldado americano morto na Guerra do Vietnã para o horror de seus pais. Sonho de Morte é aterrorizante pelo lamento de sua trama, conforme o casal protagonista reavê seu filho perdido no conflito e finge que nada está errado com ele, mesmo quando o jovem começa a matar pessoas para se alimentar de carne humana. O longa é um dos mais tristes sobre o impacto da guerra no povo americano. - Pedro Strazza

A Morta Viva (1948)

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Onde assistir: Disponível no Internet Archive

O melhor exemplo dos filmes de zumbi pré-Romero mostra que os comentários sociais sempre foram parte deste gênero. A forma como A Morta Viva aborda isso é através do colonialismo, o que transforma o Haiti da época num local entre a vida e morte conforme os colonizadores brancos se infiltram no comércio, na geografia e até na religião. - Guilherme Jacobs

O Desperar dos Mortos (1978)

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Onde assistir: Disponível para streaming no Oldflix

Se A Noite dos Mortos Vivos criou os fundamentos clássicos do gênero zumbi, O Despertar dos Mortos aperfeiçoou os mesmos. Novamente, George Romero infesta seu filme de significado, seja para falar do consumismo em como os mortos-vivos se aproximam do shopping ou novamente tratando de dinâmicas raciais. Além disso tudo, claro, está o espetáculo de gênero. Um clássico absoluto. - Guilherme Jacobs