A semana foi quente aqui no Omelete! Desde a última terça-feira (2), estamos falando de sexo através do nosso Especial Tela Quente, com seis matérias discutindo a história e os debates em torno da sexualidade no cinema, e uma bagatela de listas indicando os filmes e séries mais quentes de todos os tempos.
- TELA QUENTE Parte 1 - Introdução: O thriller erótico morreu?
- TELA QUENTE Parte 2 - Rala-e-rola em P&B: História do sexo no cinema
- TELA QUENTE Parte 3 - Agora em cores!: Sexo LGBTQIAPN+ no cinema
- TELA QUENTE Parte 4 - Emmanuelle(s): Diretoras mulheres e o sexo no cinema
- TELA QUENTE Parte 5 - Regras da atração: #MeToo e coordenadores de intimidade
- TELA QUENTE Parte 6 - Classificação indicativa: O futuro das cenas de sexo
Bom, chegou a hora do clímax: neste 6/9, o Dia do Sexo, a equipe do Omelete se juntou para listar as cenas sensuais que mais nos marcaram, seja na tela grande ou na tela pequena. Tamanho não é documento, afinal.
- TELA QUENTE - Os 13 casais com mais química na cultura pop
- TELA QUENTE - 10 filmes quentes para assistir agora na Netflix
- TELA QUENTE - 10 filmes quentes para assistir agora no Prime Video
- TELA QUENTE - Os 10 filmes LGBTQIAPN+ mais quentes do cinema
- TELA QUENTE - 10 melhores filmes sobre sexo dirigidos por mulheres
Êxtase (1933)
Êxtase (Reprodução)
Onde assistir: Disponível somente em mídia física.
Como já contamos em nossa matéria especial sobre a história da cena de sexo no cinema, Êxtase é um marco inevitável quando se fala no assunto. O diretor Gustav Machatý quebrou barreiras não só ao centrar sua história em uma mulher buscando reencontrar a felicidade e o prazer (em plenos anos 1930), como também ao colocar sua câmera no rosto de Hedy Lamarr durante uma cena de sexo que culmina em seu orgasmo. Sensual até hoje, ainda que mostre muito menos do que estamos acostumados, a sequência foi um escândalo na sua era. - Caio Coletti
A Balada do Pistoleiro (1995)
A Balada do Pistoleiro (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV.
No segundo filme da franquia sobre o Mariachi assassino de Robert Rodriguez, Antonio Banderas e Salma Hayek estrelam uma das cenas de sexo mais marcantes e calientes dos anos 1990. Embora curta, a sequência é a culminação de uma tensão sexual vivida entre o casal protagonista desde o seu primeiro encontro e é o mais puro suco da sensualidade latina que exala dos lindos corpos - e excelentes atuações - de seus intérpretes. - André Zuliani
Showgirls (1995)
Showgirls (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming no Run:Time e PlutoTV.
Outra cena da qual já falamos no nosso especial, especificamente por conta da artificialidade da construção do diretor Paul Verhoeven. Showgirls é um épico sobre os exageros estadunidenses, e as performances grotescas necessárias para manter a pretensão desses exageros - aí se inclui a performance do sexo, à qual Elizabeth Berkley se entrega na piscina ao subir em Kyle MacLachlan e montar um espetáculo bulesco molhado. Falsa de propósito para nos provocar, a cena não à toa fez de Showgirls um clássico cult. - Caio Coletti
Garotas Selvagens (1998)
Garotas Selvagens (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix.
No auge febril do sucesso dos thrillers eróticos, Garotas Selvagens apresentou uma trama criminal totalmente entregue ao pulp, e uma sensualidade absolutamente gratuita que agarrou a (então nascente) internet pelo pescoço. Quando Kevin Bacon, Neve Campbell e Denise Richards se entregam a prazeres carnais na piscina de um motel - e, depois, no quarto -, o filme nos desafia a tirar os olhos deles como nos desafiaria diante de um acidente de carro. Em todas as instâncias, cedemos à tentação. - Caio Coletti
A Última Ceia (2001)
A Última Ceia (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming no Lionsgate+.
No espectro oposto da sexualidade-produto de muitos dos filmes dessa lista, o diretor Marc Forster faz do intenso encontro entre Halle Berry e Billy Bob Thornton, os protagonistas de A Última Ceia, um clímax emocional. Ambos os personagens estão em pleno processo de luto familiar, e ainda há um abismo político entre eles, mas há também uma tensão nos diálogos entre eles que culmina no pedido de “faça com que eu me sinta bem”. O que se segue é uma cena de sexo fundada em emoções muito palpáveis, e muito mais quente por isso. - Caio Coletti
Azul É a Cor Mais Quente (2013)
Azul É a Cor Mais Quente (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming no Reserva Imovision.
Uma das cenas mais icônicas de Azul É a Cor Mais Quente também é uma das mais polêmicas do cinema contemporâneo. Muito lembrada pela duração de surpreendentes sete minutos, a sequência de sexo envolvendo as atrizes Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos precisou de 100 takes e mais de 10 horas de gravação para ser filmada. No entanto, o trabalho foi traumático para a dupla, que acusou abuso nos bastidores por parte do diretor Abdellatif Kechiche. - André Zuliani
Bridgerton (2020)
Bridgerton (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix.
Se tem uma coisa que Bridgerton sabe fazer bem são as cenas em que seus casais principais, enfim, ficam completamente juntos - na terceira temporada, um dos momentos mais esperados era a "cena da carruagem" entre Penelope (Nicola Coughlan) e Colin (Luke Newton). No entanto, a série talvez tenha se saído melhor neste quesito ainda na primeira temporada, com Daphne (Phoebe Dynevor) e Simon (Regé-Jean Page). No quinto episódio, depois de uma declaração de amor cheia de revelações para ambos, Simon enfim decide consumar o ato com a esposa. Ele ainda está ensinando o passo a passo para ela, e a direção de Sheree Folkson consegue capturar a ingenuidade e as descobertas do momento, sem perder a sensualidade. Bônus para as cenas iniciais do capítulo seguinte, ao som de “Wildest Dreams”, da Taylor Swift. - Bruna Nobrega
Observadores (2021)
Observadores (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.
Mesmo não sendo um bom filme, Observadores caiu nas graças do público (principalmente o masculino) por ter Sydney Sweeney, uma das musas dos anos 2020, protagonizando sequências picantes que ganharam sobrevida no submundo das redes sociais. No longa de Michael Mohan, ela interpreta Pippa, uma jovem que se muda para um novo apartamento com o namorado e fica intrigada com o relacionamento de seus vizinhos, que podem ser observados diretamente da janela do novo apê - incluindo quando estão em momentos íntimos. As cenas de sexo do filme podem não ser tão inesquecíveis quanto outras dessa lista, mas certamente representam uma nova geração cinéfila. - André Zuliani
Vermelho, Branco e Sangue Azul (2023)
Vermelho, Branco e Sangue Azul (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.
É claro que uma das adaptações literárias mais comentadas dos últimos anos entre a geração Z estaria nessa lista. Muito mais do que apenas uma sequência de sexo esperada pelos fãs da obra de Casey McQuiston, a adaptação visual de Vermelho, Branco e Sangue Azul traz às telas o momento intimo entre Henry (Nicholas Galitzine) e Alex (Taylor Perez) de uma maneira muito delicada, pouco vista na maioria das obras queers adaptadas para serviços de streaming. Alí temos dois personagens tomados de desejos e sentimentos acumulados, que culminam em um momento íntimo que funciona quase como um rito de passagem para ambos, onde encontram no contato físico não só prazer, mas também vulnerabilidade e revelação. É justamente nesse equilíbrio entre emoção e físico, que a cena (e o filme, por extensão) se firma como uma excelente representação queer contemporânea. - Pedro Ayres
Rivais (2024)
Rivais (Reprodução)
Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.
Luca Guadagnino construiu uma história que é, em proporções quase equivalentes, sobre esporte, sexo e controle. Essas três diretrizes pulsam ao longo de todo o filme, e se sintetizam quando Tashi Duncan (Zendaya) percebe o domínio que tem sobre Patrick (Josh O’Connor) e Art (Mike Faist). Ironicamente, essa é a menos explícita entre as cenas de sexo de Rivais - dá até pra dizer que, no fundo, é só um beijo empolgado. Ainda assim, ela é a mais memorável, reforçando a potência de cada um dos personagens, que só aparecem em dupla nos outros momentos quentes do longa. - Breno Deolindo