O cineasta Kleber Mendonça Filho (O Agente Secreto) se manifestou sobre a polêmica em torno da aquisição da Warner Bros. Discovery pela Netflix.
Ele expressou o temor de que a fusão entre as duas empresas possa prejudicar o desincentivar a experiência cinematográfica tradicional.
"O streaming é uma nova e espetacular forma de ver filmes, mas o streaming não pode ter o poder de acabar com a cultura da sala de cinema. São os cinemas que constroem o caráter e a história de um filme", ponderou, em post no X (antigo Twitter) sobre o assunto.
Mendonça deixou claro também que, independente dos desdobramentos dessa fusão, seguirá exigindo uma janela mínima de três meses entre o lançamento de seus filmes nas telonas e a posterior chegada deles ao digital.
"Eu vou continuar garantindo em contrato uma janela de pelo menos três meses para meus filmes, podendo a janela ser aumentada ou diminuída em comum acordo. Se as salas de cinema começarem a fechar, meu filme será exibido exclusivamente nas que irão permanecer, e nos países que defenderem frontalmente a experiência de ir ao cinema", declarou ele, no mesmo post.
"Se todas as salas do Brasil fecharem e sobrar o São Luiz e a Fundação, o Cine Brasília, o Glauber Rocha, a Cinemateca Capitólio em POA, o Estação e o Cine Sesc na Augusta, o filme poderá ser exibido nessas salas durante meses antes de chegar no streaming", acrescentou o diretor.