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Jogo de Amor em Las Vegas

Comédia romântica se beneficia do carisma dos protagonistas e timing perfeito

26.06.2008, às 00H00.
Atualizada em 09.11.2016, ÀS 18H00

Quando Speed Racer entrou em cartaz nos Estados Unidos, em maio, a surpresa foi dupla. Primeiro porque o filme dos Irmãos Wachowski teve um resultado muito aquém do esperado, mas também porque a adaptação dos animês acabou ficando atrás até de Jogo de Amor em Las Vegas (What Happens in Vegas, 2008). O sucesso da comédia-romântica não vem da qualidade do filme estrelado por Cameron Diaz e Ashton Kutcher, que não é melhor do que Speed Racer, mas sim o timing. Em uma temporada cheia de filmes de ação criados para meninos, a falta de opção para as meninas acaba se tornando a melhor opção.

Jogo de Amor em Las Vegas

Jogo de Amor em Las Vegas

O título original remete ao ditado "O que acontece em Vegas fica em Vegas", que serve de passaporte para todo o tipo de liberação. Afinal, se Nova York é a cidade que nunca dorme, Las Vegas é a Cidade do Pecado, cortesia dos ambientes fechados dos cassinos, criados especialmente para fazer as pessoas perderem a noção do tempo em que estão ali jogando (leia "perdendo dinheiro") e festejando.

É justamente atrás dessa promessa de muita diversão que os deprimidos Jack Fuller (Kutcher) e Joy McNally (Diaz) vão para os cassinos de Nevada. Ele é um desencanado garoto do Brooklyn que acabou de ser mandado embora do emprego. Ela é uma controladora corretora da bolsa de valores que tomou um pé do ex-noivo (Jason Sudeikis). Opostos como água e óleo, os dois acabam desafiando a química e se juntando quando um terceiro elemento entra na equação: álcool. No dia seguinte, quando acordam, eles se descobrem casados, apesar de todas as diferenças que ficam visíveis já no café-da-manhã, que termina com uma discussão em um caça-níqueis, em que ele ganha 3 milhões de dólares... com uma moeda dela!

O resto é aquilo que você já sabe. Ao tentarem o divórcio e partilha do prêmio, os dois são sentenciados por um juiz a ficarem juntos por seis meses, com prejuízo total a quem desistir antes do tempo. Começa então a guerra dos sexos. Um fazendo de tudo para levar o outro à loucura, enfiando os dedos nos defeitos. Mas, como estamos falando de uma comédia-romântica, descobrindo sem querer as qualidades que vai os unirá no fim. Tudo sob o aconselhamento dos melhores amigos, claro.

Os 6 anos que separam Cameron Diaz de Ashton Kutcher poderiam ser suficientes para que ninguém os escalassem como par em uma comédia romântica. Mas - além de serem bonitos e incrivelmente carismáticos - os dois têm algo que os coloca acima dos melhores amigos das noivas, tenham elas 27 vestidos ou um amor de tesouro: timing. E lá no começo do texto eu já mostrei como isso é importante.