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Ingleses e americanos disputam <i>Harry Potter</i>

Ingleses e americanos disputam <i>Harry Potter</i>

EF
02.12.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 12H54

A escolha de Mike Newell para dirigir Harry Potter e o Cálice de Fogo animou os ingleses, que comemoram o fato da história, totalmente britânica, ter pela primeira vez uma adaptação dirigida por um profissional local.

Com os dois primeiros filmes dirigidos pelo americano Chris Columbus e o terceiro pelo mexicano Alfonso Cuaron, os britânicos sentiam que seu famoso personagem, criado por uma escritora conterrânea e freqüentador de um colégio interno - uma instituição muito conhecida da literatura britânica -, estava de certa forma sob controle estrangeiro. O próprio Newell, em entrevista à Variety, credita sua escolha, em parte, ao fato de ter a mesma nacionalidade de Harry.

Enquanto isso, do outro lado do oceano, os americanos questionam a falta de um personagem ianque na franquia. Uma das idéias iniciais para Harry Potter era, inclusive, transportar toda a história para os Estados Unidos como forma de criar uma conexão com o público. E a cada vez que a produção abre vagas para extras nos filmes, a discussão ganha novos contornos com a frustração dos leitores americanos proibidos de participar. Assim como, aliás, os leitores do resto do mundo. Algumas pessoas de bom senso, no entanto, lembraram que o livro estava vendendo bem com um personagem britânico estudando numa escola britânica, com colegas e professores também britânicos. O público já estava conectado a Harry e Hogwarts do jeito que havia sido imaginado e descrito por J K Rowling.

Um dos responsáveis pela decisão de manter a criação próxima do original foi o produtor David Heyman. "Os livros são a estrela. Por que deveríamos escalar um americano para interpretar um britânico se temos tantos bons atores britânicos, quando não precisamos do star power americano?", ele explicou numa entrevista. Há também o fato de ter sido muito mais barato contratar o desconhecido Daniel Radcliffe do que Haley Joel Osment, astro de O Sexto Sentido que alguns imaginavam para o papel. Além disso, encontrar um elenco infantil capaz de falar com sotaque britânico teria sido um pesadelo.

Com as filmagens de O Cálice de Fogo programadas para terminar em abril, e a estréia marcada para novembro, os súditos da Rainha têm um ano para provar que um diretor local tem algo mais a oferecer à história. Não que isso vá encerrar a discussão.