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Filmes nacionais como o cearense Inferninho são destaques do Festival do Uruguai

Badalados na Europa, Unicórnio e Era Uma Vez Brasília integram o menu do evento

02.04.2018, às 10H59.

Fala-se de cinema brasileiro por todo lado em Montevidéu, não apenas pela onipresente campanha de divulgação do filme Nada a Perder, sobre Edir Macedo, na cidade, mas pela leva de produções nacionais autorais de alta qualidade na 36ª edição do Festival Cinematográfico Internacional Del Uruguay.

Divulgação

Coalhado de longas-metragens europeus de prestígio, como Frost, do lituano Sharunas Bartas, e Ondas de Choque, da francesa Ursula Meier, o evento de maior prestígio hoje no país em termos audiovisuais (seguido de perto pelo Festival de Punta Del Este) abriu um Foco Brasil, no qual o maior destaque até agora é o cearense Inferninho, de Guto Parente e Pedro Diógenes.

Aclamado no Festival de Roterdã, na Holanda, em janeiro, por sua aposta poética na boemia, o longa-metragem do coletivo Alumbramento, o mesmo do cult Estrada para Ythaca, aborda a virada de mesa na vida afetiva de uma trans que gerencia um botequim de quinta: Deusimar (Yuri Yamamoto). O bar é frequentado por tipos exóticos, como sósias do Wolverine e do Homem-Aranha e uma estátua viva.

Iniciado no dia 30, com Elon Não Acredita na Morte, do mineiro Ricardo Alves Jr., e Açúcar, do casal pernambucano Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira, o bonde dos brasileiros em Montevidéu segue até o dia 7 de abril, quando o festival chega ao fim. Estão previstos ainda no cardápio do evento títulos premiados como Praça Paris, de Lúcia Murat, e Era Uma Vez Brasília, de Adirley Queirós. Destaque na Berlinale, Unicórnio, com Patrícia Pillar, também integra a seleta de longas inéditos em circuito por aqui.