Além do protesto da igreja, grupos antiaborto entraram com ações exigindo que o filme, que estreou dia 16 de agosto, fosse retirado de todas as salas de exibição. As instituições exigem também que diversos políticos sejam punidos pelo envolvimento com a produção, financiada em parte pelo governo.
De acordo com o periódico Boston Globe, o diretor nega que o filme seja um ataque à igreja, explicando que a produção trata de um caso fictício isolado e, em momento algum, critica a igreja católica como instituição. Mesmo assim, não conseguiu apaziguar os ânimos dos críticos, que afirmam que o que estão exigindo não é censura, mas apenas que os católicos no poder ajam como tal e interrompam a produção de filmes desse tipo, nas palavras de Bernardo Barranco, diretor do Centro para Estudos Religiosos da Cidade do México.
Apesar da polêmica, a estréia do filme foi bastante tranqüila. De acordo com pesquisa dos jornais Reforma e El Universal, 75% dos espectadores não acharam que a fita ofende o catolicismo. A esmagadora maioria também afirmou que ninguém tem o direito de censurar o que os mexicanos querem ver. Como quase sempre acontece nesses casos, o tiro mais uma vez saiu pela culatra. 43% dos espectadores foram ao cinema apenas para conferir o alvo de tamanha polêmica.
O roteiro do filme, que ainda não tem previsão de estréia por aqui ou mesmo nos Estados Unidos, foi escrito por Vicente Lenero, vencedor do maior prêmio de literatura do México em 2001.