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"Filmar com jovens me ajuda a entender a França de hoje", diz Gérard Depardieu

Festival Varilux começa no dia 7 de junho em 55 cidades brasileiras

RF
02.06.2017, às 17H05.
Atualizada em 02.06.2017, ÀS 18H00

Mito entre os maiores da história da França nas telas, com uma das prolíficas carreiras entre os astros de sua geração, Gérard Depardieu, hoje com 68 anos, tem 11 longas-metragens inéditos para estrear em circuito europeu – com destaque para Bach, em que vive o compositor Johann Sebastian Bach - e uma nova temporada de sua série na NetFlix: o thriller político Marseille. Tem ainda compromissos editoriais com o lançamento de sua nova coletânea de memórias, Innocent, iguaria disputada a tapa nas prateleiras das livrarias do Velho Mundo. Mas, apesar da agenda abarrotada de afazeres, ele reservou um tempinho para falar com o Omelete, no último Festival de Berlim, sobre um de seus trabalhos mais elogiados dos últimos anos, Tour de France, já confirmado para desfilar pelo Brasil na edição 2017 do Festival Varilux.

Apesar de todas as controvérsias políticas que tiram a minha paciência em relação a França de hoje, nosso cinema ainda aposta da diversidade, de culturas, de autores e de ideias”, elogiou o astro, que terá seu desempenho visto pelas 55 cidades brasileiras (incluindo São Paulo e Rio de Janeiro) por onde passa o Varilux, de 7 a 21 de junho, com 19 títulos inéditos.

Em Tour de France, Depardieu contracena com o rapper Sadek, numa saga sobre os efeitos da xenofobia na França. Sadek vive o músico Far’Hook, que é obrigado a sumir de Paris por conta de uma rixa que pode custar sua vida. Seu produtor é filho de um aposentado apaixonado por pintura, o aspirante a artista plástico Serge (papel de Gérard) que vive no interior e que pode proteger o rapaz. Juntos, os dois vão ter que superar sua diferenças.  

“Estas histórias geracionais me mostram como pensam os jovens da França hoje e me ajudam a entender os rumos que meu país tomou”, diz Depardieu.

Além de Tour de France, o Varilux tem como atrações obrigatórias a comédia Uma Agente Muito Louca (Raid Dingue), de Dany Boon; o documentário sobre sustentabilidade ambiental Amanhã (Demain), de Cyril Dion e Mélanie Laurent; Um Instante de Amor (Mal de Pierres), de Nicole Garcia, com Marion Cotillard Louis Garrel de caso; e o drama histórico Rodin, de Jacques Doillon, revelado na briga pela Palma de Ouro de Cannes deste ano.

Antes de o Varilux sentar praça no Brasil, um outro evento celebra a diversidade do cinema francês em solo nacional: o ciclo Joias do Cinema, organizado pelo Cine Joia, em Copacabana, no Rio, desta quinta até o dia 7. Em sua programação, o destaque é Nocturama, de Bertrand Bonello. Fenômeno do último Festival de San Sebastián, onde ganhou o prêmio ecumênico SIGNIS, a nova produção do diretor de registra as ações de um grupo de jovens de diferentes classes sociais e etnias que percorre linhas de metrô e instituições parisienses espalhando explosivos plásticos. O filme é uma espécie de “jogral do terror”, o que faz dele uma narrativa polêmica no atual contexto europeu.