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Francis Lawrence no set do México |
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O diretor e Keanu Reeves |
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Discutindo no bar de Papa Meia-Noite |
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Keanu Reeves é Constantine |
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O inferno |
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Reeves e Rachel Weisz |
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A difícil cena da banheira |
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Dia 11 de março a Warner Bros. lança no Brasil Constantine, longa-metragem que leva para as telonas Hellblazer, a série de histórias em quadrinhos protagonizada pelo principal personagem do universo de magia da editora DC Comics.
Desde o anúncio do filme, em 2001, os fãs torceram o nariz para as alterações prometidas pelos produtores. Pra começar, John Constantine não seria britânico, como seu criador Alan Moore, mas sim estadunidense de Los Angeles. Para interpretá-lo foi chamado Keanu Reeves, recém-saído dos maiores sucessos de sua carreira (a trilogia Matrix), outro ponto que desagradou aos entusiastas da HQ pela falta de semelhança física entre ele e o personagem. Pra completar a salada, um diretor de videoclipes, geralmente um sinônimo para filmes totalmente controlado pelos investidores, assumiu o projeto. Assim, as apostas - inclusive as nossas - eram de que teríamos uma nova Mulher-Gato pela frente. No entanto, contrariando todas as expectativas, Constantine acabou sendo uma produção bem acima da média dos atuais suspenses e um filme bastante interessante.
Mas será que a tarefa de realizá-lo foi difícil? Para responder a essa e outras perguntas, o Omelete esteve na Cidade do México a convite do estúdio para participar da première do filme por lá e entrevistar o diretor Francis Lawrence e o astro Keanu Reeves.
O diretor tem em Constantine seu primeiro longa-metragem. Antes disso, trabalhou no mercado de videoclipes. Sua carreira começou em 1994 com bandas inexpressivas. Cinco anos depois já assinava clipes de astros como Coolio (C U when U get there), Aerosmith (I dont want to miss a thing), Jennifer Lopez (Waiting for tonight) e Enrique Iglesias (Rhythm divine), entre dezenas de outros. Daí para a consagração no meio com vídeos de Janet Jackson, Britney Spears, Garbage, Alanis Morissette, Justin Timberlake e Avril Lavigne foram necessários apenas mais três ou quatro anos. Agora, Lawrence diz que essa fase de sua carreira - que inclui quase 80 trabalhos - já passou e que os filmes são sua verdadeira paixão. Confira abaixo como foi o papo com o diretor (a entrevista com Keanu Reeves será publicada na quarta-feira, 10/3) e divirta-se!
Omelete entrevista
Francis Lawrence
(o) Como foi realizar um filme de um personagem de quadrinhos tão pouco conhecido e pouco convencional para os padrões dos super-heróis?
FL: Eu nunca vi Constantine como um risco. Sempre enxerguei o projeto como uma grande história e um ótimo personagem. Nunca me importo com a mídia em que a história se originou, contanto que seja boa e original. Eu sabia que Hellblazer era um tanto underground, mas acreditei que seria algo que o público teria interesse em conferir. O personagem tem qualidades como as de Deckard de Blade Runner e Bill Munny de Os imperdoáveis. Faz coisas porque é obrigado a fazê-las, não porque gosta. Isso é muito interessante nele. Além disso, gostei de poder misturar gêneros. Em parte o filme é um horror sobrenatural, em parte é ação, filme noir...
Foi tranqüila a transição dos clipes para o cinema?
Sempre fiz muitos videoclipes e tive um preparo muito grande com eles. Trabalhei com tipos distintos de artistas e consegui contar pequenas histórias nesses vídeos. Mas sempre fui um cara de cinema e esse tipo de filme é exatamente meu preferido. Gosto de coisas sombrias, a possibilidade de criar mundos e trabalhar com personagens como Constantine. Adoro esse tipo de personagem, pessoas com defeitos reais, algo com que consigo me relacionar bastante. Assim, senti que me encaixei naturalmente no projeto.
Qual sua preferência? Filme ou videoclipes?
Eu prefiro fazer filmes. Adoro clipes e eles são bem legais quando se trabalha com um bom artista e há uma boa música pra gravar, mas ao receber o convite para esse longa me senti livre pela primeira vez. Não me senti confinado à música, ao artista, seu passado... pude ter o controle criativo total, criar do zero, o tom, a atmosfera, o ritmo, a história, o personagem... então simplesmente adorei a experiência.
O filme está baseado nos quadrinhos da DC/Vertigo. Por que a escolha de Keanu Reeves, que é totalmente diferente do personagem nas páginas?
Antes de responder a pergunta preciso falar um pouco sobre como foi o histórico do projeto. Ele existe há provavelmente 6 ou 7 anos e o roteiro já estava pronto muito antes de minha chegada. Por alguma razão que eu desconheço isso foi mudado e o personagem virou americano. Keanu foi a primeira escolha deles e na verdade foi ele que me contratou. Ele foi a última pessoa com quem eu conversei. Falei com o estúdio, com os produtores e só depois com Keanu. Essa é a história do projeto.
Dito isso, eu acho que o que é realmente importante numa adaptação de quadrinhos não são necessariamente os efeitos cosméticos. Basta olhar pra X-Men pra comprovar isso. As roupas são diferentes e deixaram os fãs nervosos no início. Assim, a chave para levar esse cara - Constantine - para as telas é mostrar quem ele é: sua atitude, seu sarcasmo, seu cinismo, o modo como ele trata seus amigos, o modo como ele entende o mundo e interage com as pessoas, seu desgosto pelos dois lados - céu e inferno, Satã e Deus - e seus mecanismos de defesa, porque ele sabe como o mundo funciona. Todas essas coisas tornam Constantine um personagem original e único. Não é o cabelo loiro e o sotaque inglês. Claro que os fãs mais ardorosos não gostaram e estão reclamando, mas as pessoas em geral que são mais abertas não viram problema algum nisso e perceberam no filme que mantivemos a essência desse cara nas telas.
É complicado dirigir alguém tão famoso quanto Keanu Reeves, que vive o auge de sua carreira?
Na verdade não foi nem um pouco complicado. Foi até fácil demais. Também foi uma grande surpresa para mim, que venho do mundo da música e dos egocêntricos astros do rock sempre rodeados com 30 pessoas, trabalhar com Keanu. Ele é muito aberto e honesto e foi um grande alívio quando o conheci saber que eu poderia contar com alguém tão devotado ao projeto quanto eu era.
Tivemos uma relação de muita colaboração nesse filme. Trabalhamos juntos durante um ano antes das filmagens começarem. Criamos cenas juntos, definimos personagens juntos. Trabalhamos muito, muito mesmo. Quando estávamos finalmente trabalhando no set já éramos amigos, nos conhecíamos e tínhamos uma linguagem comum. Assim, o trabalho fluiu muito bem, como um relógio, e sempre havia espaço para novas discussões. Foi muito divertido, mas essa relação foi estabelecida desde o começo.
Foi difícil extrair os toques cômicos dele?
Keanu é um cara engraçado e ele realmente entendeu o Constantine, especialmente seu humor sarcástico. Mas foi algo que tivemos que trabalhar um pouco, sua atitude e como adequá-la ao tom do filme. Isso é algo que gosto bastante em filmes noir antigos, histórias de detetives e coisas assim como O falcão maltês e mesmo Chinatown, essa atitude que esses caras têm e que eu queria que John Constantine tivesse porque é simplesmente ótimo de se assistir. Assim, no momento que descobrimos a razão de ser para aquele humor, Keanu soube trabalhar muito bem com ela. O humor no filme é como um mecanismo de defesa para o mundo em que ele vive, que ele sabe muito bem como funciona. É por isso que funciona bem. Foi ótimo.
Eu acredito que a cena mais engraçada no filme foi uma parte que gravamos na segunda semana, quando ele coloca a Rachel Weisz na banheira. Eles ficam parados no banheiro e ela pergunta devo tirar minha roupa? e ele fica paradão, pensando. Essa foi a primeira piada que eu filmei e achei que foi perfeita. Só que o produtor me chamou de lado e me avisou que precisávamos tomar cuidado com as piadas e com o humor... mas eu disse a ele pra esperar pra ver o copião e não se preocupar. Quando falei com Keanu a respeito achamos isso muito engraçado. E no próximo dia, ao assistirmos a cena todo mundo riu, apesar de estarem todos meio paranóicos, achando que aquilo não iria funcionar. Mas é como eu disse, ele entendeu o personagem e soube como interpretar a cena sutilmente. E nem deu trabalho. Fizemos três tomadas e pronto.
E o restante do elenco? Como foi para você, um estreante em longas, trabalhar com Peter Stormare, Tilda Swinton, Rachel Weisz, Djimon Hounsou...
Não me senti nem um pouco intimidado com o elenco! Foi inacreditável. Eu tinha uma lista dos sonhos de gente que eu gostaria que trabalhasse no filme. Tilda estava nela... Peter Stormare estava nela... Djimon também... aí saí atrás deles e, sinceramente, não acreditava que conseguiria. Até aí eramos só Keanu e eu num grande filme de estúdio. Antes que eu percebesse, Tilda veio até nós com o roteiro nas mãos e tinha adorado as idéias nele. Ela estava pronta. Aí Peter Stormare disse a mesma coisa. Ele adorou e queria fazer parte, aí conversamos sobre a abordagem, ele deu idéias sobre a maquiagem. A partir daí foi o mesmo com cada uma das pessoas. Todos assinaram o contrato e cada um se sentiu atraído por elementos diferentes do filme. Uns pela idéia de que o filme se passaria no mundo real, Tilda adorou como alguns elementos pareciam meio políticos nos dias de hoje, como definimos o Bem e o Mal, Peter adorou Satã e como ele ficaria perfeito como ele. Depois todos tiveram a chance de revisar suas cenas nos ensaios e foi uma grande colaboração entre todos. Tivemos bons momentos no set.
Alguma vez você pensou em chamar o Sting para viver John Constantine, já que Alan Moore baseou o visual do personagem nele?
Não, nunca pensei nisso. Acho que Keanu está fantástico nesse papel. Ele explorou sentimentos que até então nunca tinha mostrado no cinema, como sarcasmo e cinismo, e conseguiu atuar de maneira bastante diferente. O resultado é muito bom e me causou uma impressão bastante forte. Ele foi John Constantine.
Como você rebate as críticas que comparam o filme à trilogia Matrix, chamando-o, inclusive de Constantrix?
Essa comparação entre Matrix e Constantine é algo que ouvimos bastante e que sempre me deixa confuso. Eu acho que o único ponto comum entre os dois filmes é a presença de Keanu e que não há qualquer semelhança entre os personagens, efeitos ou mundo. Os cenários são diferentes, as idéias são diferentes, estamos tratando com o céu e inferno, você sabe... não consigo entender o motivo dessa comparação porque é tão diferente pra mim. Espero que as pessoas possam esquecer esse preconceito e ir assistir ao nosso filme para perceber as diferenças.
Falando no inferno... como surgiu a idéia para o visual dele no filme?
No roteiro original, o inferno era descrito como um vazio negro com um chão oleoso e caminhos de ossos. Mas eu fiquei pensando... abstrair o cenário sempre vai parecer meio estranho, portanto, eu tentei dar a ele alguma lógica e um chão. Aí veio a idéia de que o céu e o inferno podem ser versões da realidade em que vivemos. Assim, o inferno de Constantine é uma Los Angeles sinistra, que vive numa eterna explosão nuclear, como nos testes atômicos da década de 1940. Tudo é dirigido, violento e a atmosfera é superquente e horrível. Tudo é destruído, mas nunca se desfaz porque é eterno.
Numa determinada altura do filme, um mexicano [lembre-se que a entrevista aconteceu no México] encontra a lança que perfurou o corpo de Cristo. Por que um mexicano?
A razão pela qual um mexicano apareceu como vilão no filme é a mesma pela qual qualquer pessoa apareceria. Ele é tomado por uma força maligna, que o compele a entregar o artefato em Los Angeles. A idéia original é que a arma seria encontrada numa prisão na Turquia, mas tivemos que mudar isso porque seria caro demais filmar o sujeito escapando da prisão, entrando num avião, voando até os Estados Unidos, etc... enfim, poderia ter sido qualquer pessoa e não tem nada a ver com qualquer ponto de vista político sobre imigração.
Qual foi o momento de maior tensão no set?
Os únicos momentos tensos no set aconteciam lá pelas 4 da manhã, com Keanu ensopado e gelado e eu dentro do meu casaco quentinho dando ordens. Assim, de vez em quando ele ficava irritado comigo, mas isso faz parte do jogo.
E as cenas mais difíceis?
As cenas mais difíceis foram algumas e se dividem em dois tipos nesse filme. Uma delas é a cena em que Rachel, a personagem de Rachel Weisz, é puxada através das paredes do edifício. Essa foi difícil tecnicamente porque tivemos que escolher como puxar o corpo dela, como fazer parecer que ele estava sendo arremessado, o que construir, o que criar em computação gráfica, onde encaixar maquetes, como casar tudo isso e esse tipo de coisa. Foi bem difícil planejar tudo, mas quando o fizemos, foi na verdade bastante fácil para filmar.
O outro tipo de cena difícil foram algumas seqüências que parecem simples mas quando você começa, percebe que são complicadas. Uma delas é quando Angela e Constantine estão sentados numa barraquinha de hamburguer comendo e ele explica a ela como o mundo funciona. Essa é bico, certo? Duas pessoas sentadas, comendo. Na verdade, passamos a noite toda ali e foi muito, muito difícil porque o diálogo era tão fantástico e estávamos lidando com coisas irreais, difíceis de incorporar. Para Constantine o tema é trivial, mas foi complicado para Rachel Weisz encontrar a interpretação correta para a Angela, que acha tudo aquilo difícil de acreditar. Entramos na cena achando que seria um passeio no parque mas acabamos tendo uma das noites mais difíceis no set.
Quais as suas influências para o filme?
Foram basicamente visuais e vieram quando eu estava pensando em como fotografar a história. Comecei assistindo a muitos filmes noir como O falcão maltês, Chinatown e fitas como Dia de Treinamento, que também foi gravada em Los Angeles e teve sucesso em mostrar a atmosfera e a textura da cidade sem se ater aos pontos turísticos. Acho que todas as minhas infuências foram por esse ângulo.
Senti uma série de referências a cineastas como Kubrick ou Polanski no filme. Eles são os seus modelos? Você gostaria de influenciar uma geração futura?
Sim, claro. Sempre tenho fé que algo no meu estilo, no jeito que trabalho, possa afetar e influenciar alguém. Quanto às referências eu diria que há algo de Kubrick em mim em termos de estilo. Eu tenho a tendência a filmar as coisas de uma maneira muito gráfica, como ele. Nesse filme em particular, busquei muito a simetria e sei que ele também tinha isso em muitos de seus filmes. Mas eu nunca tinha alguma cena específica de Kubrik na minha mente, apesar de sempre deixá-lo guardado lá no fundo. Tem um pouco de Laranja mecânica no filme, um pouco de O iluminado, Glória Feita de Sangue... enfim, as influências estão mesmo lá.
Mas qual é a referência a Polanski no filme? Eu sei que vi Chinatown um pouco antes de começar a filmar, mas não sei...
A ambientação de Constantine, em que você sente que há algo estranho acontecendo, mas a personagem principal, Angela, tenta continuar levando normalmente sua vida. Isso é bastante parecido com as atitudes da personagem de Mia Farrow em O bebê de Rosemary.
Eu não tinha percebido, mas agora que você falou, é interessante. Um dos meus objetivos nesse filme era torná-lo diferente de outros filmes de quadrinhos. Queria mostrá-lo como algo realista, mais assustador, para ter mais impacto. Quis explorar a minha crença de que há algo por trás do nosso mundo que não compreendemos. Isso é bem O bebê de Rosemary mesmo... mas o que eu acho agora que ficou bem parecido foi a cena em que Constantine chega ao hospital e encontra os demônios. Eles se viram e você percebe todas essas caras diferentes, um sujeito de smoking, gente de diferentes idades, ela lembra a cena em que Mia Farrow entra no quarto e vê todas aquelas pessoas tão normais e ao mesmo tempo estranhas ao lado do bebê.
Você vê o mundo como um campo de batalha entre o céu e o inferno?
Duvido que seja exatamente como mostramos no filme, não tenho grandes crenças. Mas acredito em magia e que há algo por trás do mundo que não podemos ver. Acho essas histórias fascinantes.
Algo que tentamos fazer nesse filme é tentar transmitir uma certa universalidade dos conceitos e regras, apesar dele ter muito da fé católica. Acho que funcionou, porque enquanto viajávamos o mundo apresentando o filme tivemos retornos fascinantes de culturas diferentes, como a chinesa, tailandesa, indiana... Sempre que perguntávamos se eles tinham entendido o filme a resposta era positiva. As idéias do filme funcionam filosoficamente em quase todas as culturas. Um bom exemplo disso foi uma história que me contaram sobre um conceito de céu e inferno na Tailândia. Nele, o universo é representado como uma grande mesa comprida. Numa ponta está o céu, noutra o inferno e todos têm rashis longos demais. No inferno, eles ficam tentando levar a comida à boca e não conseguem, portanto, passam fome. No céu, aprenderam a alimentar uns aos outros. Ao ouvir isso pensei que é a mesma idéia que apresentamos no filme, com uma roupagem diferente. É exatamente isso que me interessa: idéia universais.
Constantine é seu primeiro longa-metragem. Que tipo de filme você gostaria de fazer no futuro?
Depende das histórias que chegarem. Tenho dois projetos engatilhados que posso começar em breve. Um é uma animação baseada num livro infantil, uma história gótica vitoriana meio dark, o que me agrada. É uma história muito inusitada. O outro é uma ficção científica ambientada no presente. Os dois são completamente diferentes, mas meu gosto é muito abrangente, varia muito de gêneros também. Constantine não reflete necessariamente quem eu sou como cineasta, mas se encaixa no sentido que gosto muito de criar mundos, personagens únicos e filmes que tenham apelo como entretenimento mas que escondam no interior idéias interessantes, que façam as pessoas refletirem sobre eles.
E vocês já estão pensando numa continuação?
Eu acho que todos nós adoraríamos fazer uma seqüência. Nos divertimos muito, adoramos o personagem e podemos contar um milhão de histórias com ele....
E a bilheteria está positiva!
Sim! Não sou um especialista nisso, pois é meu primeiro filme e não tenho algo pra comparar, mas as pessoas estão dizendo que estão felizes com a resposta. Acho que teremos que esperar mais um pouco para ver como o mundo responde ao filme e se o público quer mesmo assistir a uma nova história. Se eles quiserem, estaremos prontos. No momento, estamos esperando.
E nessa eventual continuação, quais as chances de Constantine voltar aos seus vícios?
Ah, ele definitivamente vai voltar aos seus vícios. Ah, se vai! Essa é única certeza que tenho sobre um próximo filme. O Constantine não masca chicletes!!! [risos]