Conforme os livros da série Harry Potter se transformam em calhamaços cada vez maiores, a vida dos diretores de cinema fica mais e mais complicada. Em entrevista à revista Update, o cineasta Mike Newell disse que precisou cortar um bom pedaço de Harry Potter e o cálice de fogo para fazê-lo caber num longa-metragem.
Esse é um assunto difícil e foi decidido em reuniões enormes entre representantes da Warner Bros., o roteirista, o produtor, eu e, às vezes, [a autora dos livros] J.K. Rowling, explicou Newell. A produção demora um tempo e, enquanto você a desenvolve, constantemente certas coisas vão e voltam: Dobby tem que entrar, Dobby tem que sair, Dobby tem que entrar, Dobby tem que sair, e por aí vai. Depois de um tempo, a gente percebe o que funciona em um filme e o que funciona em um livro.
O diretor confirmou que a dividisão do quarto livro em dois filmes foi até considerada, mas ficou acertado que seria possível eliminar material irrelevante para contar a história em um único longa. Entre os descartes - e esse esclarecimento é importante para os fãs - estão algumas cenas com os Dursleys, elemento que ficava muito bem nos filmes anteriores. Como estamos fazendo um, e não dois filmes, e alguma coisa tinha que sair, decidimos cortar os Dursleys, disse Newell.
Ficamos tristes com isso. Mas o lado bom de termos um só filme é que o Torneio Tribruxo e o plano de Voldemort para pegar Harry ficaram bastante tensos e empolgantes, já que muita coisa meramente descritiva do livro foi dispensada. Isso significa que a trama principal virou um suspense forte. Claro, sente-se falta dos detalhes fascinantes, mas em certos casos não havia espaço para inseri-los. Então é basicamente ação e reviravoltas, finalizou.
O quarto - e picotado - Harry Potter estréia em 18 de novembro de 2005.