Filmes

Artigo

DC faz cinema, Marvel diversão? Entenda a polêmica da briga

Com a estreia de Coringa, Martin Scorsese é o mais novo cineasta a criticar o Marvel Studios

04.10.2019, às 15H48.
Atualizada em 04.10.2019, ÀS 16H24

Não só de polêmicas sobre violência vive Coringa. Martin Scorsese colocou lenha em outra fogueira ao argumentar, durante entrevistas para promover O Irlandês, que os longas produzidos pelo Marvel Studios não seriam “cinema”

Considerando que o filme da Warner Bros. comandado por Todd Phillips tem entre seus produtores Emma Tillinger Koskoff, parceira de longa data de Scorsese (que assina inclusive a produção de O Irlandês), o comentário do cineasta carrega uma rivalidade já conhecida dos fãs de Marvel e DC. Nesse sentido, Coringa é cinema, mas Vingadores: Ultimato não. 

Segundo Scorsese, os atores não conseguem, apesar de todo o seu esforço, passar uma experiência emocional e psicológica para os espectadores. Apesar de bem-feitos, os longas da Marvel estariam mais próximos de atrações de parques de diversão. O comentário lembra a nada simpática opinião de James Cameron sobre filmes de heróis: “Espero que a fadiga de filmes de 'Vingadores' chegue rápido. Não é que eu não ame os filmes. É só que, por favor, existem outras histórias para contar, que não são sobre machões sem família fazendo coisas que desafiam a morte por duas horas sem parar, e destruindo cidades no processo". 

Já quando Vingadores: Ultimato, o filme que encerrou a chamada Saga do Infinito do universo cinematográfico da Marvel,  superou Avatar, Cameron foi mais otimista, declarando que o recorde lhe dava esperança: "É a prova de que as pessoas ainda vão ao cinema", explicou. "O que mais me assustava em fazer Avatar 2 e Avatar 3 era que o mercado poderia ter mudado tanto que não seria mais possível deixar as pessoas tão empolgadas para ir para uma sala escura com um monte de estranhos e assistir a algo". Ultimato ultrapassou a bilheteria de Avatar em julho de 2019. O longa contabiliza US$ 2,79 bilhões no mundo todo, enquanto o épico ambientado em Pandora somou US$ 2,78 bilhões durante o período que esteve em cartaz, em 2009.

Debatemos toda a  polêmica no vídeo acima, abordando também outras novidades da semana, como a informação de que J.J. Abrams estaria trabalhando em um novo filme do Superman e o anúncio de que Kevin Feige vai levar a fama do Marvel Studios para LucasFilm, com o produtor desenvolvendo um novo filme de Star Wars.