Polêmico porque o lançamento está cercado de incertezas. A distribuidora francesa StudioCanal, que financiou o projeto, tirou o longa de alguns festivais de cinema, supostamente por medo de que todos adorassem a obra e Lynch não se convencesse de que precisa cortar filme. O StudioCanal quer o filme mais curto, para conseguir viabilizá-lo comercialmente. Lynch não apenas recusou a reeditar como vai lançar Inland Empire sozinho.
O diretor adquiriu os direitos de distribuição nos Estados Unidos e, segundo o Daily Variety, bancará do bolso as cópias. Ele diz que já se sentia lesado, no passado, pelos lançamentos de seus trabalhos, que ficavam tempo demais nos cinemas e perdiam fôlego no home video. A idéia, aparentemente, é colocar a obra nos cinemas no final do ano, em circuito restrito. A partir daí, as vendas online seriam outro caminho. Segundo a produtora do filme, Mary Sweeney, Lynch quer experimentar novos métodos de divulgação.
Ele passou dois anos rodando em Los Angeles e no deserto californiano a misteriosa história que mistura um filme dentro de outro. Atriz casada, Nikki (Laura Dern, musa do cineasta em Veludo azul e Coração selvagem) recebe a proposta de um papel no novo filme de Kingsley (Jeremy Irons), onde terá que contracenar com Devon (Justin Theroux, de Cidade dos sonhos e As Panteras: detonando). Nikki e Devon, assim como seus personagens, acabam se relacionando - e a certa altura já não dá para dizer quem é quem.
O lançamento no Brasil ainda não foi anunciado.