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Darren Aronofsky se empolga com <i>The Fountain</i>

Darren Aronofsky se empolga com <i>The Fountain</i>

MH
07.04.2005, às 00H00.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 22H05

A pós-produção de The Fountain corre normalmente, inclusive com imagens liberadas na internet, e os dois protagonistas Hugh Jackman (X-Men) e Rachel Weisz (Constantine) são só elogios para a obra. Mas já fazia bastante tempo que Darren Aronofsky (Requiem para um sonho) não se pronunciava sobre o filme que dirige. Ele deu uma entrevista ao SuicideGirls.com para aplacar a curiosidade dos seus fãs.

Entre outras coisas, Aronofsky classificou a película - sobre um conquistador espanhol que, depois de descobrir a fonte da juventude, vive amores, aventuras e existencialismos durante mil anos - como uma ficção científica psicodélica. A fonte da juventude é uma das histórias mais antigas que a humanidade vem contando. Está no Gênesis, com a árvore da vida. Está no Gilgamesh [poema épico babilônico, tido como mais antigo relato escrito da humanidade], onde Ponce de Leon se inspirou. Mas Hollywood não havia feito muito com o tema, a não ser que você considere Nip/Tuck e Extreme Makeover, diz.

Fez mistério também em relação à desistência de Brad Pitt do projeto: Ele não saiu por diferenças criativas, como dizem. O fato dele não ter vindo à Austrália [onde ocorreram as filmagens] tem mais a ver com políticas que ele mantém para a própria vida. Principalmente pelo fato de ser um filme muito diferente que, acredito, amedronta qualquer um que se envolva. Isso só mostra a bravura de alguém como Hugh.

Tido como uma mistura de Kubrick com romance, o filme se passa em três períodos históricos: século XVI, dias de hoje e no futuro. Aronofsky dá uma viajada bonita: Pessoas hoje dizem que nossos filhos vão viver até os 110 anos. O que isso significa? Não nos dão nenhuma ferramenta durante a idade escolar para pensar sobre a morte. Só nos falam para colecionar folhas de outono e louvar quão lindas elas são. Mas ninguém diz que quando uma pessoa envelhece, meio que a desligam, excluem-na da nossa vida e a trancam em um asilo. É interessante explorar isso, como eu fiz quando comecei a ficar um pouco mais velho.

Assim, podemos esperar ao menos boas e novas reflexões do diretor de Pi. Vale ressaltar que durante a crise na produção, entre 2002 e 2003, quando foi colocada na geladeira pela Warner, Aronofsky se viu obrigado a repensar o roteiro e, inclusive, torná-lo mais barato. Isso significou cortas cenas de batalhas entre espanhóis e maias que antes envolviam centenas de guerreiros digitais. Isso foi antes de Tróia e Rei Arthur surgirem. Hoje há tantas batalhas grandiosas que perdem interesse. Então eu decidi reduzir tudo ao que realmente vale sobre um cara tentando superar as massas. Reduzi tudo à sua essência, diz o diretor - reforçando a idéia do que o filme tem muito mais a oferecer em reflexão do que em ação.

E a nossa curiosidade só ficou maior.