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Na clássica seção Da Frigideira o Omelete escreve sobre filmes no calor da saída do cinema, sem pensar muito, enquanto ainda estamos sob o efeito narcótico da telona e o crítico ainda está maquinando idéias (que serão apresentadas só na quinta, dia 19), enquanto o fã já tem a sua já na ponta da língua. Desta vez, o tema é Star Wars: Episódio III - A vingança dos Sith.
Sessão às 10 horas num cinema notório pelo trânsito nas imediações (foi lá devido ao sistema de som THX... a sala é a única na cidade equipada com tal recurso). Melhor não arriscar e sair cedo. BEM cedo. Mas a atualização de ontem do Omelete seguiu até às 2 da matina (sócio em Lua de Mel dá nisso...), portanto, pecar pelo excesso é a opção mais segura. Três despertadores acertados depois, é hora de dormir e se preparar para o encontro final com o universo de George Lucas nas telonas...
Como já virou mania aqui na cozinha quando o assunto é um filmão desses aguardadíssimos, não faltaram os pesadelos sobre chegar atrasado... felizmente, não foi o caso. Lugar preferido na sala ocupado, vamos à projeção.
O filme começa com uma batalha espacial grandiosa... a maior em escala de todos os filmes. Infelizmente, não é a maior em emoção. É nave pra todo lado, mas o público não está em nenhuma delas, lugar que ocupava ao lado de Luke Skywalker nos ataques à Estrela da Morte ou nas planícies geladas de Hoth.
Entra o General Grievous, o vilão do Episódio III, o alardeado "assassino de jedis". Para quem viu o ciborgue alien em ação no desenho animado Clone Wars, o personagem que está na telona é uma pálida comparação. Cadê aquele monstro cheio de truques que o diretor Genndy Tartakovsky mostrou tão bem na TV? Outra decepção...
Com quase 1 hora de filme já exibido, começava a acreditar que Episódio III não merecia todo o alarde que recebeu até aqui. Nem as batalhas em Kashyyyk, o planeta dos Wookies estavam valendo a pena... "Tenha paciência", fala Obi-Wan Kenobi na telona. E o que se segue arrepia e compensa cada vez que tivemos que ver o Jar Jar Binks nos dois filmes anteriores.
A segunda metade do longa carrega sozinha toda a nova trilogia. A derrocada final de Anakin Skywalker para o Lado Negro é repleta de momentos memoráveis. O ataque ao templo Jedi, a luta no planeta de lava Mustafar e, enfim, a ascensão de Lorde Darth Vader em toda sua maligna grandiosidade (e com a voz retumbante de James Earl Jones) são os momentos pelos quais valeu a pena esperar. Pontas soltas são amarradas e o ponto final é colocado na cinessérie. Star Wars: Episódio III - A vingança dos Sith é também a vingança de Lucas contra todos aqueles que não acreditavam na nova trilogia. E o cineasta parece orgulhoso. Tanto que aparece relaxadão papeando lá na telona, durante a cena da entrada do Teatro Galáctico de Coruscant.
Ao final, fica uma mistura de tristeza e de alívio. Tristeza porque Star Wars acabou no cinema. Alívio porque acabou de maneira decente, alinhada com a "trilogia sagrada". Tanto, que assim que o filme termina dá vontade de pegar o DVD e assistir ao Episódio IV. Agora sim parece que todos fazem parte de mesma série.
Star Wars: Episódio III - A vingança dos Sith chega às telas mundialmente dia 19 de maio. Compre aqui seu ingresso.