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Crítica

Zootopia 2 melhora fórmula do primeiro e faz sequência cheia de carisma

Maior, mais acelerado e ainda irônico, aventura mostra que ainda é possível ter continuações de qualidade

3 min de leitura
25.11.2025, às 16H56.

Zootopia é daquelas animações da Disney que ganham fãs com o tempo, não à toa quase 10 anos separam o primeiro do segundo filme. Apesar de ter feito mais de um bilhão na bilheteria, foi uma franquia eclipsada por outros desenhos como Frozen e Moana, além de marcas diferentes da Disney, como Marvel e Star Wars. Um fato é que não só o primeiro longa é bom como também ficou melhor com o tempo, e a sequência chega consciente disso tudo, expandindo horizontes da história e melhorando o que fez o antecessor ser um sucesso.

Os primeiros minutos de Zootopia 2 lembram o final anterior, mas não perde tempo ao deixar claro que, para os personagens, não se passaram mais do que alguns dias desde que Judy (Ginnifer Goodwin) e Nick (Jason Bateman) viraram parceiros na polícia local. Agora, em uma de suas primeiras missões, a dupla precisa se provar para a organização e descobrir um mistério que envolve, de novo, os políticos do local, a origem da cidade e até novas espécies de animais. A estrutura narrativa de investigação é repetida, mas agora com um novo leque de exploração, já que o subúrbio e o centro de Zootopia não são o bastante.

É evidente que a parte técnica evoluiu absurdamente (a cena com a dupla molhada é impressionante), o que permite uma infinidade de personagens em tela, além de uma velocidade nas cenas de ação que torna a aventura algo muito mais intenso do que no primeiro filme. Nesse ponto, a sequência supera por muito o filme anterior, pois decide diminuir o bate-papo investigativo por perseguições e quase uma “volta ao mundo” por Zootopia. A boa notícia é que, mesmo sendo maior, não há perda no que fez o filme ganhar força após uma década: o carisma dos personagens, especialmente a dupla protagonista.

Nick e Judy continuam tão carismáticos quanto antes, mas agora ganham mais coadjuvantes (hilários) e situações que permitem novas camadas na relação de ambos. Enquanto a amizade é posta à prova, o roteiro segue o debate das diferenças entre os animais (predadores e vítimas, répteis e mamíferos, e assim por diante), mas não usa o tema como algo panfletário em nenhum momento. Não existe o peso do discurso em nenhuma fala, ninguém quer dar lição de moral, mas ela está lá, sempre, nas falas e nas ações da dupla.

O centro de tudo é a busca pela harmonia entre os diferentes, e Zootopia 2 consegue fazer isso de uma maneira honesta e muito divertida. É o tipo de animação que lembra clássicos da Disney, em que o texto tem mensagens para crianças, piscadinhas para adultos e momentos memoráveis para qualquer um deles. É recheado de referências ao cinema, à cultura pop e até à geopolítica, sem nunca deixar de ser sobre uma coelhinha e uma raposa se entendendo como pessoas diferentes em um mundo naturalmente cruel, ainda que inegavelmente adorável.

Nota do Crítico

Zootopia 2

Zootopia 2

2025
108 min
País: EUA
Classificação: LIVRE
Direção: Jared Bush, Byron Howard
Roteiro: Jared Bush
Elenco: Shakira, Idris Elba, Ginnifer Goodwin, Ke Huy Quan, Jason Bateman