Filmes

Crítica

Última Viagem a Vegas | Crítica

Lições e moralismo fora, comédia diverte pelo ótimo elenco

21.10.2014, às 11H08.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H47

Difícil ver cartazes, trailer e imagens do Última Viagem a Vegas e não pensar emuma versão mais 'experiente' de Se Beber, Não Case!. Essa impressão, no entato, não ultrapassa os primeiros minutos de projeção, que deixam clara a intenção de divertir sem escatalogia e emocionar com o pieguismo tradicional de comédias românticas.

last-vegas

Se fosse definir o longa por estereótipos, uma junção de Antes de Partir e Se Beber, Não Case! seria o mais próximo do ideal. Pela idade dos protagonistas, há uma constante preocupação com o avançar da vida, assim como a inquietude de aproveitar cada segundo de uma aventura fora da rotina. E assim como em ambos os longas, Última Viagem a Vegas tem um elenco capaz de transformar os piores diálogos em sequências decentes, por vezes até engraçadas.

Na história, um grupo de aposentados formado por Paddy (Robert De Niro), Archie (Morgan Freeman) e Sam (Kevin Kline) é convidado por Billy (Michael Douglas) - tipo mulherengo que está se casando com uma mulher com a metade de sua idade - a uma festa de despedida de solteiro na cidade do pecado. Como não podia ser diferente, relações familiares, casamento, juventude e doenças são os temas que perduram durante a viagem.

Enquanto se apoia no simples divertimento da turma principal, o filme não só diverte como torna cada um deles em personagens carismáticos. A habilidade dos atores em conseguir, com apenas uma ou nenhuma fala, transmitir a angústia por anos de remédios ou namoradas ou casamento ou luto é admirável. Cenas em que os quatro estão presentes são o ponto alto do filme, mesmo quando discutem os pormenores que deixam o longa cair na mesmice de superação e bom mocismo tão comum em comédias desse tipo.

Longe do moralismo e desnecessárias lições de moral, Última Viagem a Vegas diverte pela verossimilhança da amizade entre Kline, Douglas, Freeman e De Niro. A cidade de Nevada, no fundo, serve apenas como chamariz midiático ou desculpa para algumas boas piadas - este mesmo grupo, em uma mesa de alumínio no boteco da esquina, teria história tão ou mais engraçadas para contar.

Nota do Crítico
Bom