Mas por que fracassa&qt& Bem, uma parcela de culpa cabe ao próprio Don Bluth, dissidente dos estúdios Disney, que nunca conseguiu se livrar dos vícios adquiridos lá. Eles aparecem em todas as suas produções (Fievel, Anastácia, etc.). Bluth faz uma brava tentativa de recuperação, mas alguns fatores (alienígenas “fofinhos”, história açucarada, trama maniqueísta e simplória) demonstram que ainda não se libertou do estigma de ex-funcionário da Disney. Essa abordagem leva a maior parte dos adultos a sentir a desconfortável sensação de estar assistindo a um filme feito para faixas etárias menores.
Entretanto, não é o único problema. A animação - computadorizada em sua maior parte, mas com quase todos as personagens desenhadas convencionalmente - embora fantástica em certos momentos (destaque para a brilhante cena no campo de cristais de gelo), é desarmoniosa. A verossimilhança não resiste a personagens que parecem desenhos animados andando sobte sofisticados cenários de computador. Não há integração entre as duas técnicas, como, por exemplo, no menos sofisticado, mas superior, Iron Giant . Todo esse artificialismo prejudica seriamente a imersão no filme. Teria sido mais fácil adotar a rota de Toy Story e fazer os personagens diretamente no computador, mas os produtores, aparentemente, preferiram seguir com o produto neste formato.
Não bastasse isso, o final do filme necessita de muita boa vontade do público para ser digerido. A facilidade com que os protagonistas se livram dos vilões, até então aparentemente imbatíveis, é muito difícil de aceitar.
Mas há bons momentos&qt& Sem dúvida. A animação computadorizada foi usada para produzir cenas de beleza plástica incrível, sendo que a mencionada cena do campo de cristais de gelo, além de bela, ainda é que tem melhor tratamento no roteiro. Um das melhores seqüências já vistas em animação e, definitivamente, o ponto alto do filme.
Pena que o filme não seja todo assim.
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AVALIAÇÃO OMELETE |
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