Filmes

Crítica

Sammy - A Grande Fuga | Crítica

Tartarugas só servem para tapar buraco em programação infantil

20.10.2014, às 13H10.
Atualizada em 21.11.2016, ÀS 23H08

Em janeiro de 2011, os cinemas do Brasil receberam a visita de uma tartaruga chamada Sammy. Na animação As Grandes Aventuras de Sammy (2009) foi mostrado como este quelônio marinho saiu do ovo e conseguiu sobreviver nestes dias de aquecimento global. Em Sammy - A Grande Fuga (Sammy's Avonturen 2), voltamos a nos encontrar com o tal réptil. Ele está em uma praia acompanhando seus netinhos saírem dos ovos e rastejar em direção ao mar tentando escapar de gaivotas quando ele e um amigo são surpreendidos por um predador muito maior e mais perigoso, o homem!

Sammy - A Grande Fuga

Sammy - A Grande Fuga

Presos em uma rede, os dois conseguem liberar os filhotes, mas vão para um navio, que os leva até um enorme aquário submerso. Agora, cabe aos dois netinhos arranjar um jeito de tirar os velhos animais daquela situação, enquanto Sammy e Ray também tentam arranjar uma forma de sair de lá - e levar o máximo de seres marinhos de volta para a liberdade. Contra eles está o cavalo-marinho metido a mafioso que comanda o local com punho de ferro e a ajuda de duas moreias.

Falta muito coisa à animação, mas o principal é o ritmo. A história simplesmente não flui e se perde entre suas subtramas que nada acrescentam ao arco dos personagens principais. Personagens secundários - como a lagosta maluca e a gaivota arrependida - são completamente deixadas de lado, para só voltarem no final, quando já estavam esquecidas.

Nem mesmo a manjada lição de moral contra os humanos funciona aqui. Se é visível a crítica aos sheiks do Oriente Médio e suas despendiosas obras feitas com o lucro vindo do petróleo, a bronca fica por aí. Com veterinários cuidadosos e alimentação frequente, até mesmo alguns peixes preferem ficar por ali a correr os riscos de cruzar com barracudas e outros predadores em mar aberto.

Sobra elogio apenas à boa trilha sonora, que também não arrisca, mas consegue reunir uma boa coleção de clássicos do rock, para a alegria dos pais desesperados com as férias dos filhos.

Nota do Crítico
Ruim