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Crítica

Salvador | Crítica

Salvador - Festival do Rio 2006

M"
22.09.2006, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H20

Salvador
Salvador
Reino Unido, Espanha, 2006
Drama - 134 min

Direção: Manuel Huerga
Roteiro: Lluís Arcarazo, Francesc Escribano

Elenco: Daniel Brühl, Tristán Ulloa, Leonardo Sbaraglia, Leonor Watling, Ingrid Rubio, Celso Bugallo, Mercedes Sampietro, Olalla Escribano, Carlota Olcina, Bea Segura, Andrea Ros, Jacob Torres, Joel Joan, Pau Derqui, Oriol Vila

Contar a história da última pessoa executada na Espanha pelo sádico método do garrote é uma premissa interessante. Principalmente porque a vítima foi um revolucionário que teve essa pena decretada por lutar contra a ditadura de Francisco Franco.

Salvador (Salvador, 2006), do diretor Manuel Huerga, conta a história real do militante, assaltante de bancos e anarquista Salvador Puig Antich, integrante do grupo Movimiento Ibérico de Liberación, cuja execução, em 1974, instalou uma polêmica que ajudou a decretar o fim da ditadura franquista e o retorno da democracia ao país. O filme acompanha as desesperadas tentativas da família, dos colegas e dos advogados de Salvador para evitar sua execução. O roteiro é baseado no livro Compte enrere, do jornalista espanhol Francesco Escribano.

Mas o diretor Manuel Huerga não consegue dar credibilidade à interessante história de Salvador. Ficamos com a impressão que o protagonista aderiu ao movimento contra a ditadura de Franco por ser um garoto burguês que levava uma vida maçante. Faltou profundidade e elementos consistentes no roteiro pouco azeitado de Lluís Arcarazo. E não foi por falta de tempo, já que são 138 longos minutos de duração.

Na primeira parte, filme é narrado através de flashbacks, com Salvador contando sua história de crimes e anarquia para o advogado Oriol Arau. Huerga mostra os assaltos com uma edição picotada e muita câmera na mão, embalados por rocks dos anos 70 para criar tensão. Isso acaba tirando a importância dos atos cometidos pelo grupo. Parece que eles estavam lá pela adrenalina e divertimento.

Um dia, durante um tiroteio, um policial é morto e Salvador é capturado. O julgamento é rápido e o réu é condenado à pena de morte. Nesse momento, Huerga muda da ação para o sentimental. Jesus, o sádico guarda da prisão, se torna um doce após ler uma carta de Salvador para seu pai. Tudo registrado numa montagem ridícula.

Mas o pior é a execução de Salvador, claramente filmada para provocar comoção nos espectadores. São mais de 30 minutos de projeção mostrando o dia fatídico. O pior é que o filme termina e ficamos sem saber quem foi realmente Salvador e a sua importância no processo de redemocratização da Espanha.

Salvador é protagonizado pelo ator alemão Daniel Bruehl, que foi criado de forma bilíngüe em alemão e espanhol. Ele é um dos atores que mais trabalham de sua geração, mas infelizmente não pôde fazer nada com material que recebeu.

Tecnicamente o filme também não convence. Manuel Huerga optou pelas cores pálidas e azuladas nas cenas da prisão e saturadas no inicio do filme para dar o clima de anos 70. Infelizmente, o diretor falha na tentativa de criar alguma empatia por um personagem interessante e depois descamba para um típico açucarado produto de TV.

Nota do Crítico

Ruim
Mario "Fanaticc" Abbade

Salvador

Salvador

2006
134 min
Drama
País: Espanha, Reino Unido
Classificação: LIVRE
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone, Rick Boyle
Elenco: James Woods, James Belushi, Michael Murphy, Salvador Sánchez, John Savage, Tony Plana, Colby Chester, Cynthia Gibb, Will MacMillan, Valerie Wildman, José Carlos Ruiz, Jorge Luke, Juan Fernández, Rosario Zúñiga, Elpidia Carrillo