Baseado no mangá original de Osamu Tezuka de 1949 – por sua vez, levemente inspirado no filme alemão homônimo de 1927, dirigido por Fritz Lang –, Metropolis foi levado ao cinema pelo célebre Katsuhiro Otomo, o criador de Akira, que atualizou a história para o público atual.
E do que se trata a trama&qt&
A animação é magnífica! Ela combina técnica clássica com os mais modernos avanços digitais de forma harmoniosa e eficiente. Ponto, portanto, para o diretor, o veterano Rintaro (pseudônimo de Shigeyuke Hayashi), discípulo de Tezuka e diretor de inúmeros animes clássicos.
A fusão das duas técnicas é mais evidente no visual das personagens, fiel ao traço original de Osamu Tezuka, bastante caricatural. Eles se movem naturalmente na ambientação hiperrealista da cidade. Esta fusão harmoniosa é fruto dos cinco anos na produção do anime, tempo extremamente bem empregado.
CARISMA, VIRTUDES E DEFEITOS
Aliás, Metropolis parece feito sob encomenda para bater os filmes da Disney. Sem a violência exagerada da maior parte dos animes – incluindo o recente Princesa Mononoke (ainda inédito por aqui), do normalmente pacifista Hayao Miyazaki – e com uma trama que pode ser apreciada tanto por adultos quanto por crianças, a obra é o tipo de desenho animado para todas as idades que deu fama à produtora americana... no entanto amplamente superior a qualquer um de seus trabalhos recentes!
Curiosamente, o filme não teve o desempenho esperado nos cinemas japoneses, sendo batido pelo novo longa de Miyasaki (Spirited Away é o título em inglês) e pelo mais novo Pokémon.
No geral, uma brilhante adaptação de um trabalho menor de Osamu Tezuka, com uns poucos defeitos menores contrabalançados por vários momentos de genialidade. Ao todo, resulta em um dos melhores longas de animação do Japão em todos os tempos. Lamentavelmente, dificilmente será exibido outra vez no Brasil. Se puder assistir, vá e leve a família!
Nota Omelete
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5 ovos!!!
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Osamu Tesuka´s Metropolis
Tezuka Productions/Madhouse
Longa-metragem de animação
Dirigido por Rintaro (pseudônimo de Shigeyuke Hayashi)
90 minutos - Cor - 2001
site oficial