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Crítica

Os Smurfs 2 | Crítica

De Nova York a Paris com a mesma falta de graça de antes

01.08.2013, às 20H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H43

Apesar de ruim como cinema, Os Smurfs (2001) fez mais de US$500 milhões nas bilheterias do mundo inteiro e uma sequência logo foi anunciada. Agora Os Smurfs 2 chega aos cinemas mostrando que em Hollywood não há espaço para melhorias em times que estão funcionando - pelo menos em termos de faturamento. Assim, o novo longa-metragem que adapta as histórias criadas pelo quadrinista belga Peyo para os cinemas repete a mesma fórmula de seu anterior, com piadas que só funcionarão com as crianças e uma boa atuação apenas da dupla formada por Gargamel (Hank Azaria) e seu gato Cruel (criado por computação gráfica na maior das cenas).

Os Smurfs 2

A nova aventura começa contando uma história que muita gente desconhece: a Smurfette é uma criação de Gargamel. Em um de seus inúmeros planos para capturar os Smurfs, o mago conseguiu dar vida àquela criaturazinha loira, para se infiltrar na vila dos Smurfs e assim descobrir os seus segredos. Porém, Papai Smurf conseguiu "smurfizar" a ex-danadinha e incorporá-la ao grupo. Corta para Paris, onde Gargamel agora é um astro mundialmente reconhecido depois que vídeos seus nas ruas de Manhattan viralizaram na Internet e o colocaram no status de "mágico de rua" mais espetacular do momento.

O show na Opera parisiense está sempre lotado e mostra Gargamel realizando mágicas enquanto distribui sua rabugice com o público. Porém, o combustível que ele usa para fazer as mágicas está acabando: a essência de Smurf. Para isso, ele cria dois novos "danadinhos", seres do tamanho dos pequeninos azuis, mas dispostos a fazer maldades e cumprir as ordens de seu mestre. Após o sequestro de Smurfette pela dupla Vexy (voz original de Christina Ricci) e Hackus (JB Smoove), um grupo de Smurfs formado por Papai Smurf, Vaidoso, Desastrado e Ranzinza viaja mais uma vez para o mundo dos humanos, até a casa dos Winslow. Mas agora, além de Patrick (Neil Patrick Harris) e Grace (Jayma Mays), a família cresceu e temos o filho do casal, Blue (Jacob Tremblay) e o pai de Patrick, Victor (Brendan Gleeson).

Juntos, o grupo e os Smurfs desembarcam em Paris atrás da prestação de contas com Gargamel - mais uma vez. A aventura passa pelas ruas da capital francesa, por hotéis finos, torre Eiffel e até pelo meio de crepes com Nutella, entre vários clichês franceses. O humor criado só fará as crianças (e não todas elas) darem risadas e o 3D empregado é bastante simples, sem esforço algum para criar sequências visualmente interessantes, mesmo estando em uma das cidades mais fotogênicas do mundo.

Se serve de consolo, ao menos diminuiu-se o número de vezes que a palavra smurf é utilizada como verbo e a musiquinha tema aparece só no começo do filme. Mas mesmo com tantos pontos negativos reunidos, é fato que Os Smurfs 2 vai fazer muito dinheiro de novo. Com esta certeza em mente, o próprio ator que faz o Gargamel já apareceu na mídia recentemente falando sobre um terceiro filme da série, que mostraria uma versão mais jovem de seu personagem e o momento em que nasceu a sua rivalidade com as criaturas azuis. Esteja preparado já para este segundo filme e para o iminente terceiro.

Nota do Crítico
Regular