Arnold Schwarzenneger começa este filme casado com Sharon Stone pré-cruzada de pernas, num futuro onde a alta tecnologia ainda não inventou nada melhor para um canteiro de obras do que a boa e velha britadeira.
Marte foi colonizado mas, com a revolta dos moradores pelas condições de vida, incluindo a falta de oxigênio que já gerou alguns mutantes, a vida lá está longe de ser pacífica.
Expandida a partir do conto de Philip K.Dick, We can remember it for you wholesale, a trama de O vingador do futuro - título obviamente tirado do colete para atrair os fãs de O exterminador do futuro - acontece quando a personagem de Schwarzenegger resolve contratar os serviços de uma empresa que implanta lembranças de férias que nunca existiram (algo muito parecido com a empresa de diversão virtual de Minority Report). Com isso, descobre que sua vida pode ser uma mentira. Daí em diante, a história brinca com o que é realidade e o que é implante de memória, o que é muito mais interessante do que o reator criado por alienígenas e capaz de dar uma atmosfera a Marte inteiro de modo tão mágico quanto a chuva no final de Duna.
As idas e vindas entre as realidades de Schwarzie, e o pedigree da fonte da história podem até dar idéia de um filme profundo, mas o negócio aqui é mesmo acompanhar o grandalhão socando todos que aparecem pela frente.