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Crítica

Na Mira do Atirador | Crítica

Filme de guerra com John Cena tem tom intimista e acerta no suspense

24.08.2017, às 13H44.
Atualizada em 24.08.2017, ÀS 15H15

Hollywood sempre fez muitos filmes de guerra e o avanço da tecnologia nas últimas décadas permitiu que os estúdios investissem ainda mais em grandes produções, com exércitos numerosos e vários efeitos visuais. Na Mira do Atirador, filme dirigido por Doug Liman, faz o caminho contrário ao arriscar-se em uma abordagem mais intimista e o resultado é um bom suspense, com algumas surpresas interessantes.

Na trama, dois atiradores americanos (John Cena e Aaron Taylor-Johnson) são encurralados em um campo aberto por um sniper e precisam tentar se salvar com apenas um pequeno muro como proteção. Como não poderia ser diferente, o nome de Cena no elenco chama a atenção, já que o agora ator é conhecido mundialmente como um lutador profissional de WWE. Aqui, no papel do comandante Matthews, ele entrega uma boa interpretação, em que consegue estabelecer o personagem para o público com apenas algumas cenas.

Apesar disso, o grande destaque do longa é Taylor-Johnson, que fica com a responsabilidade de passar ao público toda a tensão dessa situação, e faz isso muito bem. Sozinho no meio do nada e enfrentando a iminência da morte, ele demonstra claramente toda a fragilidade de seu personagem e como os soldados também são humanos e frágeis, até mesmo no meio de um conflito.

Ao mostrar apenas dois combatentes ao invés de um grande exército, Doug Liman fez uma aposta arriscada, já que era muito fácil o longa se tornar arrastado e monótono. Mas o diretor fez também boas escolhas narrativas e cria suspense e tensão com a introdução de elementos inesperados. O único porém é que, por ter tal formato, a trama fica limitada e desenvolve pouco as questões maiores relacionadas à guerra, mas nada disso compromete a história intimista proposta pelo longa.

No meio de tantos blockbusters, Na Mira do Atirador não é o mais grandioso ou memorável, mas acerta ao criar uma tensão crescente pela ameaça do inimigo "invisível", despertando no público um sentimento empolgante que mistura medo, antecipação e uma grande torcida pela salvação dos protagonistas. Vale assistir.

Nota do Crítico
Bom