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Crítica

A Morte e a Vida de Charlie | Crítica

Zac Efron tenta desafiar-se como ator, mas falha lindamente

13.01.2011, às 21H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H14

Em julho do ano passado, Zac Efron anunciou que estava abrindo a produtora Ninjas Runnin’ Wild, passo decisivo para ter poder de decisão sobre os filmes que estrelaria e, assim, deixar de ser visto como o astro teen de High School Musical. A Morte e a Vida de Charlie (Charlie St. Cloud, 2010) ainda não é um projeto da produtora, mas já mostra a intenção de Efron de trilhar outro caminho como ator.

charlie st. cloud

A trama de A Morte e a Vida de Charlie ofereceria o desafio de interpretar um personagem que precisa lidar com a morte - mas de maneira leve, sem alienar sua plateia cativa da censura 12 anos. O problema é que Efron não consegue entregar a dor necessária. A todo momento, fica nítido que o personagem, sua personalidade de irmão bondoso e seus sentimentos não são reais. A todo momento, vislumbramos Zac Efron onde Charlie St. Cloud deveria estar.

A ineptitude para atuação não é ajudada pelo roteiro, nada imersivo e levemente espírita. Na trama, Charlie St. Cloud e seu irmão Sam (Charlie Tahan) sofrem um fatal acidente de carro. Charlie consegue ser ressucitado pelo paramédico. Já Sam, não tem a mesma sorte. No entanto, a volta dos mortos parece ter-lhe dado a habilidade de conversar com os mortos, e ele passa a encontrar-se todos os dias com o irmão.

O problema é quando o espírito de Sam interfere em suas chances com Tess, vivida por Amanda Crew, com quem Efron forma um belo casal sem química. A relação com ela também é pautada por subtexto espírita, que não será detalhada para evitar spoilers. O desejo de ficar com Tess leva Charlie a perceber que precisa aceitar a perda. E, novamente, somos obrigados a assistir a uma atuação vazia. Um vazio bonitinho e de uma barriga tanquinho, claro, mas ainda assim um vazio.

A Morte e a Vida de Charlie | Cinemas e horários

Nota do Crítico
Ruim