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Crítica

Meu Passado Me Condena - O Filme | Crítica

Amor apressado, lua de mel improvisada

25.10.2013, às 13H53.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 15H08

Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) estão apaixonados. Como todo casal apaixonado e empolgado, eles querem ficar juntos para sempre. Um casamento prematuro leva a uma lua de mel onde tudo pode acontecer. Desde a primeira briga, descobertas sobre as vidas passadas do companheiro de cama a alergias inusitadas, calha de ficarmos presos em um navio com os jovens enamorados.

Meu Passado Me Condena

Baseado na série de TV homônima do canal Multishow, Meu Passado Me Condena - O Filme não se preocupa em ser original. A pousada da primeira temporada do programa vira um navio no longa, que também usa Marcelo Valle e Inez Viana como Wilson e Suzana. Não houve nem o esforço em mudar os nomes de nenhum dos personagens - até mesmo Beto, que ganha outro intérprete aqui (Alejandro Claveaux), mantém o mesmo nome.

A ambientação em uma viagem de navio real, usando os passageiros e a tripulação como extras, parece ter apressado toda a produção. Com um cronograma apertado e os dias contados para cada parada e uma data de chegada ao destino final definia, Meu Passado Me Condena parece desleixado e mal acabado. A trama, completamente sem foco, falha em estabelecer um ritmo para o longa, deixando a narrativa truncada.

Porchat e Mello não facilitam a experiência. A intensa improvisação em momentos de humor faz com que o timming das piadas seja prejudicado e nada natural. Não há química entre o casal e todos os momentos íntimos são exagerados e forçados, coisa que piora quando eles precisam interagir com outras pessoas.

Chegando na Europa, o encontro com Cabeça (Rafael Queiroga) promete introduzir mais um na equação errática de Miá e Fábio - mas a promessa não é cumprida e logo a relação enfadonha entre homem e mulher vira um "bromance" que faz com que o já infantil Fábio fique também ignorante ao fato de que um desconhecido invadiu sua lua de mel.

Na tentativa de se levar a sério ao final, Fábio recruta Inez, Wilson e Cabeça para procurar Miá na Itália. Ao sair andando pelas ruas como se estivessem procurando uma criança perdida em supermercado, a situação fica artificial. Ao se lembrar de uma pista dada ao início do longa, Fábio encontra sua esposa e todos vivem felizes para sempre. Se fosse eu, pediria meu dinheiro do cruzeiro de volta.

Nota do Crítico
Ruim