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Crítica

Maggie's Plan | Crítica

Mais um filme para ver em um sábado chuvoso

24.01.2016, às 17H38.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Uma mulher, decidida a ter um filho por conta própria, encontra o homem dos seus sonhos no mesmo dia em que faz a inseminação artificial. Podia ser simples, mas é complicado. Podia ser a sinopse de Plano B, comédia romântica estrelada por Jennifer Lopez, mas é a trama de Maggie's Plan, filme de Rebecca Miller, atriz, diretora, roteirista e esposa de Daniel Day-Lewis.

O diferencial do filme de Miller está na sua aura de filme independente, dispensado a estrutura formal das comédias românticas: conflito-amor-conflito-amor. O foco seria Maggie, sempre disposta a controlar o próprio destino, seja na maternidade, seja no divórcio.

Porém, na busca por provar que o egoísmo e a falta de sinceridade destroem relacionamentos, a diretora esquece de dar atenção para a sua protagonista. Os planos de Maggie não importam, sua necessidade de controlar tudo e todos está apenas no diálogo, não existe de fato no desenvolvimento da trama.

Essa distância entre o objetivo e o resultado do roteiro é atenuada pelas atuações. Quando o diálogo chega às bocas de Bill Hader, Maya Rudolph e Julianne Moore, a comédia pretendida pelo texto começa a aparecer. Ethan Hawke não atrapalha na sua canastrice simpática e Greta Gerwig continua a ser moça apaixonante, levemente problemática de sempre. O personagem de Travis Fimmel, conhecido pela série Vikings, chama o filme para si, mas infelizmente acaba apenas percorrendo a trama, aparecendo pontualmente.

Apesar da pretensão de ser algo mais, Maggie's Plan é apenas inofensivo. Uma comédia romântica para ver em um sábado de chuva. Não ofende a inteligência de ninguém, mas também não a estimula.

Leia mais sobre Festival de Sundance

* Maggie's Plan fez parte da seleção Spotlight do Festival de Sundance 2016. Paralelamente, o canal pago Sundance Channel terá na sua programação até 31 de janeiro o 10 Days of Sundance, com títulos que marcaram edições anteriores do festival, com exibições sempre às 23h.

Nota do Crítico
Bom