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LEGO Batman: O Filme | Crítica

Animação brinca com Homem-Morcego sem perder o respeito pelo herói

09.02.2017, às 15H36.
Atualizada em 09.02.2017, ÀS 17H01

Se o que o fã quer é “service”, a sua resposta está em LEGO Batman: O Filme. A animação derivada de Uma Aventura LEGO explora a versão diminuta do Cavaleiro das Trevas (dublada originalmente por Will Arnett e em português Duda Ribeiro) com todas as referências possíveis à história do personagem, nas telas e nos quadrinhos.

A estrutura é a mesma do longa dirigido por Phil Lord e Christopher Miller em 2014 e agora comandada por Chris McKay: humor frenético, visual colorido e uma mensagem sentimental, mas verdadeira. A lição da vez é sobre a importância da família. Para salvar Gotham, o solitário Batman precisa aprender a trabalhar em grupo, aceitando a ajuda de Robin (Michael Cera no original e Andreas Avancini no Brasil), Barbara Gordon/Batgirl (Rosario Dawson no original e Guilene Conte na versão brasileira) e Alfred Pennyworth (Ralph Fiennes no original e Júlio Chaves no Brasil).

É por essa base que LEGO Batman explora todos os absurdos do universo dos super-heróis, aplicando o senso de humor do Homem-Morcego da década de 1960 à roupagem “sombria” assumida pelo personagem a partir dos anos 1970. As piadas atendem todas as faixas etárias. Há frases de efeito e momentos fofos para as crianças, assim como insinuações (como o relacionamento “amoroso” de Coringa e Batman) e “participações especiais” que só os mais velhos vão entender. Nos dois casos, o timing é certeiro (com boas adaptações feitas pela dublagem). 

A textura realista da animação dá vida a um universo de brinquedo embalado por uma trilha sonora pop com influências metaleiras. As pecinhas têm peso ao se encaixar umas nas outras, mas os movimentos são fluidos, rápidos e hilários. É como uma brincadeira de criança, que conhece todas as regras do universo do morcego, mas não tem medo de questioná-las, de misturar referências e até franquias cinematográficas.

LEGO Batman: O Filme ri dos exageros do bilionário órfão que se veste de morcego para combater vilões fantasiados ao mesmo tempo em que respeita todo o legado criado por Bob Kane e Bill Finger. Agrada ao fã adulto, que vê na tela o Líder Mutante de Frank Miller ao lado do obscuro Rei dos Condimentos, nascido na série animada, e os pequenos, que aprendem com essa carta de amor ao personagem como se constrói um herói de verdade.  

Nota do Crítico
Ótimo