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Filmes
Crítica

Stuart Little 2 | Crítica

<i>Stuart Little 2</i>

MH
05.12.2002, às 00H00.
Atualizada em 07.11.2016, ÀS 02H07

Com um orçamento ambicioso, uma história simpática e efeitos especiais grandiosos para a época, Stuart Little (1999), de Rob Minkoff, cativou adultos e crianças, recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais, e ainda conquistou mais de 300 milhões de dólares no mundo todo em bilheterias.

Agora, em 2002, Minkoff dirige a continuação, Stuart Little 2, que não causa tanto barulho - custou 120 milhões de dólares, quase vinte a mais do que o original, e arrecadou até agora cerca de 70 milhões. De todo modo, o filme agrada pelas novas aventuras, pela renovação do argumento, enfim, pela volta do simpático ratinho branco que conversa com os humanos.

Muito bem adaptado à residência da família Little, aos pais adotivos Eleanor e Frederick (Geena Davis e Hugh Laurie) e ao irmão George (Jonathan Lipnicki), o superprotegido Stuart (voz de Michael J. Fox no original, o astro Rodrigo Santoro na dublagem) joga no time de futebol infantil, vai à escola com o seu próprio mini-automóvel e até vive em paz com o ex-rival felino, Snowbell.

No entanto, sente a falta de alguém mais próximo, um amigo que conheça as agruras da vida em miniatura. Eis que cai do céu, um dia, a ave Margalo. Ferida, ela recebe a ajuda de Stuart e sua família, mas o perigo ainda ronda os animais: um ameaçador falcão. Uma tarde, quando Margalo desaparece da casa dos Little, o ratinho não têm dúvida: escala Snowbell para acompanhá-lo por Manhattan, desafiar a ave de rapina e salvar a amiga.

Se a sinopse parece um tanto simplória, não se trata de pobreza narrativa. Na verdade, a película dispensa caminhos complexos e privilegia as regras do gênero, como a ingenuidade dos adultos e as lições de amizade, em nome do público infantil. Em tempos de animações com temáticas maduras e humor negro, de difícil entendimento para os menores, a iniciativa é louvável.

São poucas as referências culturais mais elaboradas. Em uma delas, Stuart e Margalo, em clima de aproximação, assistem a Um corpo que cai (Vertigo, 1958), de Alfred Hitchcock (1899-1980). A citação é válida e reveladora. Quem conhece o clássico logo percebe as semelhanças... Assim, o desenvolvimento do filme segue caminhos seguros, com algumas boas tiradas e ápices durante as ótimas seqüências de ação.

O que prejudica o andamento da película é um certo desequilíbrio: em alguns casos, Stuart adapta objetos em tamanho natural em seu dia-a-dia, como parafusos, telefones públicos e um avião de brinquedo; em outros, usa instrumentos inverossímeis, inclusive o tal mini-automóvel, que tem até problemas no motor como um carro de verdade.

Por que negar essa que é a maior graça dos filmes-com-criaturas-em-miniatura, a relação com a nossa realidade? Em outras palavras, Stuart fica mais próximo da aceitação (e mais engraçado) quando tenta chutar uma bola de futebol de verdade, e não quando lhe arrumam uma imitação em miniatura.

Descuidos assim não devem incomodar o público-alvo, mas são escolhas que podem aborrecer os crescidos mais exigentes.

Stuart Little 2
(Stuart Little 2) EUA, 2002

Direção: Rob Minkoff
Elenco: Michael J. Fox, Geena Davis, Hugh Laurie, Jonathan Lipnicki, Nathan Lane, Melanie Griffith, James Woods

Imagens © Columbia Pictures

Nota do Crítico

Bom
Marcelo Hessel

O Pequeno Stuart Little

Stuart Little

1999
92 min
Fantasia
País: EUA
Classificação: 1 anos
Direção: Rob Minkoff
Elenco: Michael J. Fox, Geena Davis, Hugh Laurie