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Crítica

O Olho que Tudo Vê | Crítica

Os fãs de BBB vão gostar, e os haters vão adorar!

ÉB
29.05.2003, às 00H00.
Atualizada em 11.11.2016, ÀS 15H03

Se você aprecia coisas do tipo de Big Brother Brasil, Casa dos Artistas e afins, provavelmente irá gostar bastante de O Olho Que Tudo Vê (My Little Eye, de Marc Evans, 2002), produção britânica de terror que fez bastante sucesso em festivais de cinema por lá no ano passado. Agora, se você - como eu - tem ojeriza aos Bambans, Estelas e Sabrinas que povoam esse tipo de programa, certamente irá adorar o filme.

Realizado com baixo orçamento, O Olho que Tudo Vê simula um "reality webcast", uma espécie de Big Brother transmitido via internet. Nele, cinco competidores são escolhidos para morarem juntos pelos próximos seis meses, num antigo casarão canadense isoladíssimo, cujas paredes são forradas de câmeras que transmitem 24 horas por dia tudo o que acontece por lá. Obviamente, não faltam os tipinhos clássicos desse tipo de entretenimento: O fortinho bobo apaixonado, o doidão neurótico, a puritana "cabeça", o galã bonzinho e a exibicionista sexy.

A premissa é a seguinte... se os cinco terminarem o período na casa juntos, ganham 1 milhão de dólares cada um. Se alguém desistir, todos perdem.

Como se a idéia de ficar confinado a uma casa com outros quatro desconhecidos não fosse tenebrosa o bastante, os competidores começam a receber estranhas mensagens em seus kits de sobrevivência. Será parte do jogo, brincadeira de algum deles ou um elemento externo a tudo aquilo?

Com uma idéia simples, os produtores conseguiram criar um suspense bastante competente. Todas as tomadas são vistas através das câmeras espalhadas pela casa e dos utensílios, alternando visuais que lembram câmeras de segurança, webcams e filmagens trêmulas no estilo A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez - 1999). A natureza do projeto também exigiu que os cinco atores principais trabalhassem de um jeito diferente. Não precisaram prestar atenção às marcações nem aos ângulos de câmera, do contrário, a sensação de "câmera escondida" se perderia.

A sonoplastia de O olho que tudo vê também é primorosa. Sons absolutamente comuns, como uma torneira abrindo, por exemplo, chegam a fazer o espectador pular da cadeira. Mérito também da sensação constante de que algo terrível está para acontecer. E, óbvio, acontece. E é exatamente aí que os detratores desse tipo de entretenimento televisivo vão delirar. ;-)

Nota do Crítico

Bom
Érico Borgo

O Olho Que Tudo Vê

My Little Eye

2002
95 min
Suspense
País: Inglaterra, EUA, França
Classificação: 18 anos