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Crítica

O Guerreiro Muai Thai | Crítica

<i>O Guerreiro Muai Thai </i>

M"
07.10.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H16

O Guerreiro Muai Thai
Ong-Bak
Tailândia, 2003
Ação - 108 min.

Direção: Prachya Pinkaew
Roteiro: Prachya Pinkaew , Panna Rittikray

Elenco: Tony Jaa, Petchtai Wongkamlad, Pumwaree Yodkamo

Depois do sucesso do O tigre e o dragão, Herói e Clã dos Punhais Voadores - histórias baseadas nos feitos extraordinários dos cavaleiros Wuxia -, temos a oportunidade de assistir a um filme de artes marciais à moda antiga. O Guerreiro Muai Thai do diretor Prachya Pinkaew lembra as velhas fitas de Bruce Lee, mas com as acrobacias de Jackie Chan.

Numa pequena aldeia, a cabeça da estátua de Buda conhecida como Ong Bak é roubada, levando a comunidade ao desespero. O jovem Ting é, então, incumbido de viajar à Bangkok. Para ele, órfão criado por monges, encontrar a relíquia é uma questão de honra. Chegando à cidade grande, percebe, todavia, que sua missão será mais difícil do que imaginava. À cata do ladrão, envolve-se no mercado negro de lutas ilegais, onde utiliza seus dotes para derrotar os adversários.

Não há nada de novo nesta película. O roteiro é previsível e as personagens, clichês. Todos os acontecimentos são desculpas para coreografias espetaculares. Não espere, porém, vôos ou caminhadas sobre a água. As seqüências elaboradas e realistas lembram um campeonato de ginástica olímpica, com a diferença de que os atletas caem na porrada. Filmadas de diversos ângulos e repetidas à exaustão, as cenas se prestam para que o espectador não perca um só detalhe. O resultado é de encher os olhos.

Phanom Yeerum, que adotou o nome artístico Tony Já, interpreta o protagonista desta produção tailandesa baseada no muai thai (boxe tailandês). Depois de anos na ginástica olímpica, o ator de 27 anos especializou-se em artes marciais, realizando acrobacias que deixariam qualquer dublê de verde de inveja. Sua atuação, longe dos truques cinematográficos de Jean Claude Van Damme ou Steven Seagal, lembra os primórdios de Jet Li e Jackie Chan, em que a brutalidade valia mais do que a pirotecnia.

Diretor Prachya Pinkaew imprime um ritmo feroz. A cada passagem, cria todo um ambiente para que as lutas surjam espontaneamente. A cena de perseguição envolvendo tuk-tuks (táxis de três rodas, típicos do oriente) é de cair o queixo.

O guerreiro muai thai é uma boa surpresa para um gênero que ameaçava se estagnar. Reféns dos efeitos especiais, as produções mais recentes já se ressentiam da falta de chutes, cotoveladas, socos e joelhadas. Bruce Lee deve estar orgulhoso.

Nota do Crítico

Bom
Mario "Fanaticc" Abbade

O Guerreiro Muai Thai

Ong-Bak

2003
23.10.2003
108 min
Ação
País: Tailândia
Classificação: LIVRE