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Linha do Tempo | Crítica

<i>Linha do tempo</i>

05.02.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H15

Linha do tempo
Timeline
, 2003
EUA - 105 min.
Aventura/Ficção

Direção: Richard Donner
Roteiro: Jeff Maguire, baseado em livro de Michael Crichton

Elenco
: Paul Walker, Frances OConnor, Gerar Butler, Billy Connolly, David Thewlis, Anna Friel

Vamos direto ao assunto: já perdi duas horas (sem contar o trânsito, o atraso para estacionar o carro, etc.) assistindo ao Linha do tempo (Timeline). Como não posso simplesmente voltar no tempo e corrigir este erro, tentarei ser o mais rápido possível. Para isso, vou usar uma prática não muito louvável, mas que vai render algumas risadas e te manter longe deste filme (ou então deixá-lo curioso, para ver se tudo o que está escrito aqui embaixo é verdade). O que farei é muito simples: vou pegar algumas frases escritas por outros críticos e deixar o resto com você, ok?

"Walker é de longe a coisa mais confiável do filme, um vácuo ambulante no tempo-espaço com a terrível habilidade de cometer crimes hediondos contra os diálogos no cinema" -- Jamie Russell, BBCI FILMS

Eu com certeza posso simpatizar com os personagens deste filme porque eu também passei duas horas no inferno da era Medieval -- Danny Minton , KBTV-NBC (BEAUMONT, TX)

"Linha do tempo pode não ser o filme mais idiota deste ano. Mas com certeza não foi por falta de tentar" -- Dawn Taylor , PORTLAND TRIBUNE

"Esta bagunça de viagem no tempo no estilo Cara, cadê minha espada é mais engraçada que muitas comédias de verdade -- Tom Long , DETROIT NEWS

Parece um episódio de Jornada nas Estrelas feito no estilo Scooby-Doo -- Ann Hornaday , WASHINGTON POST

"Um ótimo concorrente para Contato de Risco (Gigli) para o prêmio de pior filme do ano" -- Rene Rodriguez, MIAMI HERALD

E agora o melhor.

Bruce Westbrook , o crítico do Houston Chronicle escreveu "onde estão os Cavaleiros que dizem Ni quando precisamos deles?"

Se mesmo assim você ainda quer saber um pouco sobre o filme, vamos lá.

Na França, um grupo de arqueólogos escava as ruínas do que um dia foi um importante (?) castelo. Curioso sobre os reais motivos que levam um misterioso centro de pesquisas (ITC) a bancar as pesquisas, o Prof. Johnston (Billy Connolly), chefe da delegação, vai até o Novo México investigar. E não volta mais. Seu filho (Paul Walker) e os historiadores que fazem parte do grupo são chamados, então, a ir até os Estados Unidos também, se quiserem respostas de seu paradeiro. É nesta hora que eles ficam sabendo que o óculos e um bilhete assinado pelo Professor há 600 anos eram verdadeiros, pois ele está preso no passado.

O ITC, na verdade, estava desenvolvendo um teletransportador quando sem querer descobriu um "wormwhole" - buraco no tempo-espaço - que liga sua base à região de La Roque. Para tentar descobrir o motivo desta fenda é que eles começaram a fazer as escavações por lá. Mas o problema agora é que o Professor foi capturado e está preso no passado. Indignado, Chris (Walker) exige uma nova expedição para trazê-lo de volta. Munidos de boa vontade, roupas adequadas à época e um medalhão que os trará de volta, eles se mandam para o dia em que o castelo, de propriedade inglesa, é destruído pelos franceses.

Ok, a idéia até que não é das piores. A presença do diretor Richard Donner (Super-Homem, Máquina Mortífera) dá uma certa credibilidade. E é só. Paul Walker (Velozes e Furiosos) confirma o que todos já sabiam: ele é um canastrão profissional. Mas o melhor é que encontraram em Frances OConnor um par perfeito. O relacionamento dos dois é mais falso que a virgindade destas cantoras pop e vai ganhando intensidade sem se aprofundar. Parece que há alguém enfeitiçando o casal. "Alakazam" e pinta um clima constrangedor, "Pirlimpimpim!" e rola um beijo... e por aí vai.

E não é só isso, os personagens são tão burros que parecem ter escapado de um daqueles desenhos em que o vilão pisa na parte inferior de um rastelo e o cabo vai com tudo na cara. São situações tão estúpidas e sem sentido que o (pobre) expectador acaba dando risada. Afinal, por que um francês diria ao seu inimigo inglês "eu sou um espião" sabendo que isso o mataria? Ou então, por que um outro francês diria "this is for France" assim, em inglês, na hora de atacar seu inimigo? Parece até piada de português... a diferença é que os Arnauts e Françoises são os mocinhos da história.

Enfim, há algumas coisas legais, como a forma que o roteiro amarra algumas pontas. Mas não chega a ser o suficiente. E caso você queira saber, as batalhas até que não são ruins... desde que não sejam comparadas com os estragos que orcs, trols, olifantes, e nazgûls alados poderiam fazer por ali.

Nota do Crítico
Ruim