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Crítica

Fúria em Duas Rodas | Crítica

<i>Fúria em duas rodas</i>

SA
12.02.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H15

Fúria em Duas Rodas
Torque

EUA, 2004
Ação - 81 min.

Direção: Joseph Kahn
Roteiro: Matt Johnson

Elenco: Martin Henderson, Ice Cube, Monet Mazur, Adam Scott, Matt Schulze, Jay Hernandez

No vácuo (cada vez mais fraco) de Velozes e Furiosos, Fúria em Duas Rodas (Torque, 2004) traz a complementação do gênero "motores em alta rotação". Desta vez, como o título já diz, o tema é motociclismo. A fita, estréia de Joseph Kahn na direção cinematográfica, foi massacrada pela crítica, público e teve resultado ruim nas bilheterias. Não pela direção, mas sim pelo conteúdo (ou falta dele). Antes de cair nesta roubada, Kahn era famoso por dirigir premiados videoclipes para artistas consagrados como U2, Moby, Eminem, Janet Jackson, Britney Spears e muitos outros. E foi justamente por possuir um estilo arrojado e criativo que os produtores Neal H. Moritz (Velozes e Furiosos) e Brad Luff o escolheram para comandar o longa.

O filme conta, de maneira confusa, a história de Cary Ford (Martin Henderson), um motoqueiro que acaba de regressar à sua cidade natal a fim de resolver algumas pendências, entre elas, reencontrar Shane (Monet Mazur), sua antiga namorada. Ford também tem assuntos com Henry (Matt Schulze), um traficante barra-pesada líder de uma gangue de motoqueiros. Henry deixara com Ford algumas motos cujos tanques estão recheados de algo bastante valioso e agora as quer de volta. Custe o que custar.

Alvo de uma cilada, Ford tem que fugir do FBI, despistar duas gangues, provar sua inocência e ainda tentar reconquistar o amor de Shane. Tarefas que lhe renderão muito chão pela frente.

Aliás, parece que quanto mais tempo ele ficar na estrada, melhor. A estrutura é basicamente a seguinte: um racha, uma briga, fuga em alta velocidade, uma briga, um racha, uma fuga.... Sendo assim não é nem preciso dizer que o filme é totalmente descerebrado, uma produção sem propósito, desprovida de qualquer criatividade nem valor cultural. Do tipo "tão ruim que chega a ser boa". Sim, é possível se divertir com as caras e bocas dos motoqueiros estereotipados (atenção especial para Ice Cube no papel do bad-boy-dono-de-pitbull), a previsível luta entre a bad girl e a mocinha limpinha, as perseguições absurdas e, claro, os diálogos "primorosos".

Para quem é fanático por motos o filme tem seu valor. As motocicletas usadas nas filmagens estão entre as mais sofisticadas e caras da atualidade. Entre Aprilias, Triumphs, Hondas e Yamahas está a Y2K, conhecida como a moto mais rápida do mundo. Fabricada com turbina Rolls Royce de helicóptero o modelo custa algo em torno de 150 mil dólares e só existem 10 unidades produzidas.

Se você ficou com muita vontade de ver as motos em ação, vá lá. Caso contrário, espere passar no SBT.