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Crítica

Devorador de Pecados | Crítica

Repete o elenco de Coração de Cavaleiro, mas não consegue repetir o sucesso

23.10.2003, às 00H00.
Atualizada em 24.12.2016, ÀS 01H04

O poder da Igreja Católica, o sobrenatural, a política e os interesses que a cercam costumam render boas histórias, ainda mais se incluirmos aí o mistério da absolvição dos pecados e um estranho costume medieval para dar ainda mais sabor.

Infelizmente, em Devorador de Pecados (The Order, 2003), a atmosfera de final dos tempos e o cenário maravilhoso de Roma não foram suficientes para criar uma história coerente, resultando em uma grande confusão.

Na trama, Heath Ledger vive Alex, um padre em conflito que valoriza as tradições sagradas da Igreja contra os ataques da modernização. Shannyn Sossamon interpreta Mara, uma artista problemática com quem o padre divide um passado turbulento. Seu relacionamento os consume e gera uma paixão que rivaliza com o amor de Alex a Deus.

Depois da horrenda morte de seu mentor, o padre começa a investigar uma ordem secreta centenária, que pode ser responsável pelo assassinato. A busca acaba levando-o até o Devorador de Pecados – uma figura crucial para a misteriosa seita, que age como a vontade de Deus na terra, punindo os pecadores cujos erros não podem ser perdoados pela igreja. Conforme se aproximam do assassino, Alex e Mara desconhecem que seu relacionamento também é alvo da ira do Devorador.

Para o filme, o diretor Brian Helgeland até cercou-se do mesmo elenco que rendeu o divertido Coração de Cavaleiro: Ledger, Sossamon e Mark Addy, como o padre Thomas. O elenco se esforça e o diretor produz imagens belas e fortes. O problema é mesmo no texto. Devorador de Pecados abre muitas possibilidades narrativas e se atropela na hora de resolvê-las. No final, sobra estilo, mas falta muita substância.

Nota do Crítico
Regular